26 de fevereiro de 2013 – Copa do Rey – Barcelona 1x3 Real
Madrid:
Resultado impressionante em pleno Camp Nou. Não só pelo
placar de Barcelona 1x3 Real Madrid, já que se trata de um grande clássico e
apesar da superioridade recente do Barça, a vitória merengue não pode ser uma
surpresa. O que impressionou foi a autoridade do time de José Mourinho.
O Barcelona veio a campo no 4-3-3, com:
Pinto;
Daniel Alves, Piqué, Puyol, Jordi
Alba;
Xavi, Busquets, Iniesta;
Pedro, Messi, Fabregas.
Desde o jogo contra o Milan pela Champions League que
perderam por 2x0 contesto essa formação, por achar que tanto Fabregas (hoje) e
Iniesta (contra o Milan) tendem a fechar demais para o meio e não alargam a
defesa adversária, proporcionando espaços para a movimentação de Lionel Messi e
as infiltrações dos demais. E com a dúvida da entrada de David Villa
substituindo Fabregas no jogo de hoje achei que seria melhor caminho, mas não
foi o que aconteceu. Mesmo com a presença do ex gunner, que se posicionou na esquerda,
com algumas inversões com Iniesta, e o fez bem no principio. Mas não foi
suficiente, e esbarraram em um adversário com mais vontade de ganhar.
Os blancos se formaram no 4-2-3-1, com:
Diego Lopez;
Arbeloa, Sérgio Ramos, Varane,
Fábio Coentrão;
Khedira, Xabi Alonso;
Di Maria, Ozil, Cristiano
Ronaldo;
Higuain.
Curiosamente nessa partida pareceu que foi a que José
Mourinho fez menos “esforços” para vencer, e o fez com maior autoridade. Não se
viu um time trancado atrás com mais volantes que o necessário, nem um time
extremamente pilhado marcando pressão alucinadamente no começo do cotejo, e
nenhuma outra estripulia tática ou técnica que o português tentava para vencer
o time então comandado por Pep Guardiola. O que se viu foi um time muito
aplicado e com mais vontade que o rival de vencer. Cristiano Ronaldo e Di Maria
marcando forte os laterais, principalmente o argentino. Ozil e Higuain avançavam
para pressionar os zagueiros na transição ofensiva, assim como os volantes
Khedira e Xabi Alonso subiam em Xavi e Busquets. Obviamente sabiam que não
teriam a posse de bola, e se preparam para o contra ataque e o fizeram muito
bem no primeiro e segundo gols do time. E aproveitaram a bola alçada na área em
escanteio no terceiro gol.
Mas vejo que o que mudou não foi o time do Santiago
Bernabéu, e sim os do Camp Nou.
Fica cada dia mais claro a falta que Pep Guardiola faz ao
Barcelona. Que hoje é comandado por Jordi Roura, assistente de Tito Vilanova, ex-assistente
de Pep. Barça até então era considerado o melhor time do mundo, com todo o
mérito. E as razões para tal status, obviamente eram múltiplas, como a imensa
qualidade técnica de seus jogadores. Mas a meu ver o que o tornava “mágico” eram
as muitas variações táticas de Pep, que podia a todo jogo surpreender o time
que o enfrentava, e muitas vezes o fazia durante a partida.
Hoje sob o comando
de Jordi/Tito os comandados catalães perderam essa magia e dependem mais da
qualidade de craques do naipe de Messi, Xavi, Iniesta, mas que hoje toparam com
“inimigos” de mesmo nível técnico e muito mordidos. E deu Real!
Barça tem ainda que reverter em casa a desvantagem de dois
gols contra os italianos do Milan, mas após isso precisa pensar em seu jogo. Se
não para restabelecer aquele histórico time, para criar alternativas.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negocio chamado Futebol...
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