A demissão de Oswaldo não muda para pior a situação do
futebol brasileiro, é mais uma gota nesse balde que já transborda faz tempo.
Mas indigna, por acontecer em um grande clube, por ser um dos bons técnicos do
ano passado para cá, pelo time não estar em situação desesperada. Por muitos
motivos.
Amigo santista, não quero discutir o mérito da demissão do
OO, como gostam de chamar. Para mim é um bom técnico, a campanha com o Botafogo
é bom exemplo, e único, já que esse “novo” Oswaldo trabalhava no Japão, onde
não acompanhamos. Choca ainda mais pois a campanha não era terrível, era razoável,
oscilando, como a maioria. Que venha Enderson Moreira, outro ótimo técnico,
deem tempo para trabalhar. É o obvio, mas: contrata, deixa trabalhar, encerra
um ciclo, avalia, recontrata ou contrata outro. É difícil?
O caso de Oswaldo, como poderia ser com qualquer outro, tem
que levantar a bola. Não dá mais! Temos que subverter a lógica do futebol
brasileiro. Os treinadores brasileiros estão ultrapassados, desatualizados? Até
acho que sim, mas tem um salvo conduto. É impossível alguém ser avaliado se são
demitidos de 3 em 3 meses. É impossível ser avaliado se não tem pré-temporada. É
impossível ser avaliado se joga de quarta e domingo sem treinar, praticamente.
É impossível ser avaliado se as contratações chegam com o campeonato em curso. É
impossível.
Vamos aos números! Campeonato Brasileiro teve 22 trocas de
treinadores em 18 rodadas, incluindo interinos e sem atualizar com a própria
demissão de Oswaldo, e Gareca. 37 técnicos diferentes dirigiram times da
primeira divisão. Apenas oito times mantiveram o mesmo treinador desde o início
da competição. Cruzeiro, Internacional, São Paulo, Fluminense, Corinthians,
Sport e Goiás. É coincidência que os mesmos cinco primeiros dessa lista sejam
os cinco primeiros do Brasileiro? E de lambuja temos Sport, em sétimo, e Goiás,
em decimo segundo, e me arrisco a dizer que são os dois times mais
interessantes fora dos gigantes. Mas ai é só opinião. Para fechar, Mancini que
vai mantendo o Botafogo fora da zona, nesse momento, fazendo milagres a frente
de um clube a beira do caos. Ô, Ney...
Casos bizarros temos aos montes. Vitória: demite Ney Franco
na quarta rodada e recontrata na decime oitava. Furacão: Doriva demitido depois
de 8 rodadas. Autuori demitido na primeira rodada. O buraco sempre pode ser
mais fundo, é só cavar. Cada cartola que pegue sua pá!
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado futebol...
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