terça-feira, 2 de setembro de 2014

Passagem relâmpago de Gareca merece ser pensada...


Gareca caiu, só espero que não morra com seu mandato a ideia de termos técnicos estrangeiros. Claro, já tivemos muitos por aqui. Mas é inegável que existe uma pobreza de ideias, além de outros tantos problemas que refletem nisso. Sem esquecer do salário bem mais baixo.


Torci para que o argentino fosse bem, exatamente para não dar motivo aos xenófobos do futebol (sim, eles existem) de repetirem seus mantras carregados de preconceito e “curteza” de raciocínio. Mas não é verdade que foi bem, nem tão pouco mal. Não dá para medir a qualidade de trabalho de um treinador, qualquer um, em 9 rodadas do campeonato nacional. Um dos grandes pecados de Gareca foi não ter apostado no 4-4-2 em linha que “achou” no segundo tempo contra o Sport, e não dar sequência a um time base sem tantas mudanças.

De qualquer forma vejo pouco gente se referindo ao caminho das oito partidas sem vencer, com apenas um empate. Foi uma sequência duríssima. Teve pela frente: três clássicos, Corinthians, São Paulo e Santos; Cruzeiro e Internacional, na ponta da tabela; Sport e Galo, fora de casa. O único “refresco” foi contra Bahia e Coritiba, em casa.

Mas o erro maior da saída do treinador obviamente não é dele, é da diretoria palmeirense. Se trouxe, que mantenha. Leva a diante a política que acredita, acredita? Falta convicção em 90% das escolhas dos treinadores, em 90% dos clubes.

A administração Paulo Nobre não é boa, isso é consenso. Mas pior do que não levar o Palmeiras ao seu devido lugar, é “queimar” algumas ideias importantes. Espero que não aconteça isso com técnicos estrangeiros no futebol brasileiro. Assim como, em medida menor, fez com a remuneração variável dos atletas. Medida moderna de gestão, aplicada por Barcelona e grandes equipes pelo mundo, mas foi lançada em péssimo momento e, talvez, não da melhor forma. Já se torce o nariz, jogadores e torcedores, quando se fala em salário por produtividade.


Gareca tem legado? Pouco. Mas alguns vão dizer de pronto: sim! A republica argentina que contratou, o que faremos com eles? Espera ai! O que fazer com eles? Simples, que o próximo técnico os treine. Argentino não é ET, os exemplos não são poucos dos que deram, e dão, certo em nosso país. Nenhuma contratação foi absurda, apesar de umas melhores que outras, obvio. Mas se formos peneirar de fato, os piores “gringos” são Victorino e Eguren que já estavam ai quando Gareca chegou.

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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