Gareca caiu, só espero que não morra com seu mandato a ideia
de termos técnicos estrangeiros. Claro, já tivemos muitos por aqui. Mas é
inegável que existe uma pobreza de ideias, além de outros tantos problemas que
refletem nisso. Sem esquecer do salário bem mais baixo.
Torci para que o argentino fosse bem, exatamente para não
dar motivo aos xenófobos do futebol (sim, eles existem) de repetirem seus
mantras carregados de preconceito e “curteza” de raciocínio. Mas não é verdade
que foi bem, nem tão pouco mal. Não dá para medir a qualidade de trabalho de um
treinador, qualquer um, em 9 rodadas do campeonato nacional. Um dos grandes
pecados de Gareca foi não ter apostado no 4-4-2 em linha que “achou” no segundo
tempo contra o Sport, e não dar sequência a um time base sem tantas mudanças.
De qualquer forma vejo pouco gente se referindo ao caminho
das oito partidas sem vencer, com apenas um empate. Foi uma sequência duríssima.
Teve pela frente: três clássicos, Corinthians, São Paulo e Santos; Cruzeiro e
Internacional, na ponta da tabela; Sport e Galo, fora de casa. O único “refresco”
foi contra Bahia e Coritiba, em casa.
Mas o erro maior da saída do treinador obviamente não é
dele, é da diretoria palmeirense. Se trouxe, que mantenha. Leva a diante a
política que acredita, acredita? Falta convicção em 90% das escolhas dos
treinadores, em 90% dos clubes.
A administração Paulo Nobre não é boa, isso é consenso. Mas
pior do que não levar o Palmeiras ao seu devido lugar, é “queimar” algumas
ideias importantes. Espero que não aconteça isso com técnicos estrangeiros no
futebol brasileiro. Assim como, em medida menor, fez com a remuneração variável
dos atletas. Medida moderna de gestão, aplicada por Barcelona e grandes equipes
pelo mundo, mas foi lançada em péssimo momento e, talvez, não da melhor forma.
Já se torce o nariz, jogadores e torcedores, quando se fala em salário por produtividade.
Gareca tem legado? Pouco. Mas alguns vão dizer de pronto:
sim! A republica argentina que contratou, o que faremos com eles? Espera ai! O
que fazer com eles? Simples, que o próximo técnico os treine. Argentino não é
ET, os exemplos não são poucos dos que deram, e dão, certo em nosso país.
Nenhuma contratação foi absurda, apesar de umas melhores que outras, obvio. Mas
se formos peneirar de fato, os piores “gringos” são Victorino e Eguren que já
estavam ai quando Gareca chegou.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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