23 de janeiro de 2013 – Copa Libertadores da América – LDU 1x0
Grêmio:
Além do São Paulo, o Grêmio fez seu primeiro jogo na Copa
Libertadores da América. Diferente do paulista, o tricolor gaúcho enfrentou um
time muito mais competitivo e com tradição em competições sul americanas. Foi uma
partida de poucas chances de parte a parte e que os equatorianos saíram com a vitória,
mas sem demonstrar superioridade sobre o rival. Para o Grêmio o resultado foi
bom, ruim seria perder de dois ou mais e ótimo empatar ou vencer, já que a
peleja foi disputada fora de seus domínios.
O time de Vanderlei Luxemburgo estava armado no 4-2-2-2,
com:
Dida
Tony, Cris, Saimon, Pará;
Fernando, Souza;
Elano, Zé Roberto;
Marcelo Moreno, Willian José.
Defini em um 4-2-2-2 para diferenciar de outras formações. Mas
é o clássico 4-4-2, tão usados por aqui num passado recente. Com uma linha de
quatro defensores (Tony, Cris, Saimon, Pará), dois volantes com funções
defensivas (Fernando, Souza), dois meias soltos para armar a equipe (Elano, Zé
Roberto), e dois atacantes (Marcelo Moreno, Willian José). E as definições são
simples assim, pois para armar a equipe dessa forma o técnico defini a “altura”
onde se posicionam suas peças, mas coloca poucas funções especificas para cada
um. Por isso muitos dos que gostam dessa formação a defendem dizendo que dá
mais liberdade aos jogadores. Já penso um pouco diferente, o futebol praticado
hoje em dia mudou, e essa forma de atuar me parece um pouco “ingênua”. Mas opção
tática não é gosto, é a melhor maneira para armar a equipe é a que seja fruto
da caracterização de seus “comandados”. E seguindo isso penso que Luxemburgo
não fez a melhor opção, pois nesse esquema a maioria em campo ocupa a faixa
central da canja, podendo assim abrir espaços para os laterais, e nos 11 de
hoje, Luxa não tinha essas peças com grande qualificação. No ataque tinha dois
atletas com características parecidas de ocupar a área adversária. Juntando as
duas coisas o time era praticamente um corredor pelo meio, esquecendo
completamente os flancos. Já quando entrou Vargas no segundo tempo a situação
melhorou, por ele ser esse segundo atacante de mais mobilidade. Mas ainda não
foi o que resolveria a situação.
A LDU veio no 3-4-3, com:
Domínguez;
Canuto, Araujo, Morante;
Hidalgo, Urrutia, Vera, Reasco;
Vitti, Garces, Faroud.
(Já incluo a substituição de Urrutiu por Rojas, pois esta se
deu logo aos 9 minutos)
Esquema bem menos conhecido aqui no Brasil e até pouco usado
na Europa, mas pela parte do Cone Sul que fala espanhol é muito comum. Duas referencias
me vem à cabeça quando vemos o 3-4-3. O Barcelona com Pep Guardiola, em alguma
de suas muitas variações táticas. E o Atlético de Bilbao de “El Louco” Bielsa. Apesar
desses dois exemplos não serem idênticos, pois vinham com o meio de campo em
losango. Aqui na LDU a linha formada por quatro homens (Hidalgo, Urrutia, Vera,
Reasco), a frente dos três zagueiros (Canuto, Araujo, Morante), era em linha. Com
três atacantes no terço final do campo (Vitti, Garces, Faroud). Importante dizer
que Faroud que caia pela esquerda tinha deslocamento constante para centralizar
no campo para criar, enquanto Vitti era ponta direita e Garces o centroavante.
E se nenhum time pode ser superior ao outro, a LDU saiu na
frente. Mas o confronto está mais do que aberto para o Grêmio tentar se
classificar jogando em casa. Quem passar de fase cairá no grupo de Fluminense, Huachipato,
Caracas.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negocio chamado Futebol...
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