Nesse domingo foi disputado o maior clássico da Inglaterra,
obviamente muitas vezes as rivalidades regionais são muito mais intensas. Mas o
grande clássico nacional é Manchester United x Liverpool, os dois são
os maiores vencedores do Campeonato Inglês, e a equipe de Manchester
recentemente ultrapassou o Liverpool em numero de conquistas nacionais. É
verdade também que nos últimos tempos a rivalidade esta um pouco esvaziada. Pela
péssima fase que atravessa o Liverpool e pelo “surgimento” de outras potencias
com dinheiro para duelar com os Red Devils, como o rival azul Manchester City e
o também azul Chelsea, ambas com injeções monstruosas de dinheiro.
Mas com a bola rolando no Old Trafford, casa do United, o
Manchester veio no seu quase imutável 4-4-2, com:
De Gea
Rafael,
Ferdinand, Vidic, Evra;
Carrick,
Cleverley;
Young,
Kagawa;
Welbeck
e Van Persie.
(Os números não correspondem aos usados na camisa dos jogadores)
É impressionante que o time de Sir Alex Ferguson
dificilmente altera seu desenho tático para enfrentar qualquer adversário, e
nesse caso nem faria sentido. Já que o time é quem provavelmente mandaria no
jogo. E a equipe tinha quatro defensores em linha, Rafael, Ferdinand, Vidic e
Evra; com dois volantes à frente, Carrick e Cleverley. E a maior característica
desse esquema são os meias, Young e Kagawa, que se posicionam bem abertos e “um
passo atrás” em relação aos wingers do 4-2-3-1, a tática da moda. A frente
outra movimentação importante é dos atacantes, Welbeck e Van Persie, que tem o holandês
como referencia de ataque. Mas os atacantes se movimentam não para as laterais
e sim pelo meio em direção a faixa central do campo e a área. Como podemos ver o time
de Ferguson não tem um meia central, “o cérebro”, em seu time. Mas essa função é
divida pelos jogadores que atuam do meio pra frente, tanto os volantes que se
adiantam para armar, meias abertos que fecham, e os atacantes que voltam.
Já o Liverpool veio a campo em um 4-1-4-1, com:
Reina;
Wisdom,
Skrtel , Agger, Jhonson;
Lucas;
Downing, Gerard, Allen, Sterling;
Suarez
(Os números não correspondem aos usados na camisa dos jogadores)
Esquema tático com clara intenção
mais defensiva, opção teoricamente correta já que o time do Liverpool esta um
patamar a baixo do seu adversário do jogo de hoje, tanto no campeonato, como
nos nomes do seu elenco, e ainda mais na organização da equipe em campo. E se
posicionaram com quatro defensores, Wisdom, Skrtel , Agger, Jhonson, com o brasileiro
Luvas Leiva de primeiro volantes a frente da área. Em sua penúltima linha
tinham quatro meias, Downing a direita, Gerard e Allen pelo meio, Sterling na
esquerda. E Suarez na frente. E o grande problema do time estava exatamente na
frente, Suarez ficava muito isolado como referencia de ataque, não só porque não
tinha um segundo atacante ao seu lado. Mas porque o meias não encostavam no
uruguaio para jogar. E a situação era pior quando Suarez se cansava de ficar
encaixotado entre os zagueiros e voltava para buscar o jogo, deixando o ataque
completamente vazio.
Durante a maioria do jogo o United foi melhor que o
Liverpool, que sofria muito com a marcação mais adiantada dificultando a saída de
bola da sua defesa. Era possível observar que havia espaço entre a linha de
volantes e zagueiros do Manchester, já que boa parte do time se adiantava para
pressionar e a linha da zaga não subia junto, mas não foi aproveita essa
chance. No primeiro tempo 1x0 para o time da casa. E no segundo o técnico do
Liverpool agiu, e alterou seus comandados. Saiu Lucas Leiva e entrou Sturridge.
Assim o time não era mais um 4-1-4-1 e sim 4-4-2, com a saída do cabeça de área
Luvas Leiva e a entrada de Sturridge para ser dupla de ataque com Suarez. E a
mudança surtiu evento, o time melhorou. Mas em pouco momentos foi melhor que o
Manchester United. No segundo tempo o placar se ampliou em 2x0 e logo em
seguida 2x1 com gol de Sturridge que saiu do banco para diminuir para os
visitantes. Definindo o resultado em Manchester United 2x1 Liverpool.
Dois jogadores chamaram muito a atenção. Pelo Liverpool, Gerrard apesar do chute que deu rebote para Sturridge marcar, fez partida
muito apagada. O inglês tem que ser a referencia desse time e comandar o meio
de campo. E pelo Manchester United, Robin van Persie impressiona pela sua
capacidade técnica. O artilheiro tem controle quase que total de suas ações e
dificilmente faz uma jogada sem buscar a melhor opção.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negocio chamado Futebol...
Facebook.com/CampoeBola
Twitter.com/CampoeBola
Nenhum comentário:
Postar um comentário