Começa o ano, e após a chatíssima fase das especulações sem
fim, os times fecham seus elencos para a próxima temporada. Um deles é o
Corinthians, campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes, e com grupo já
bastante forte, fez suas contratações. E as principais e que podem dar uma
ótima dor de cabeça para o técnico Tite, são Renato Augusto e Alexandre Pato.
Obviamente a maioria dos que gostam de esquemas táticos já
começa a imaginar as possíveis formações, e gostaria de mostrar o que pensei.
Importante lembrar que pouco irá mudar de imediato no time titular, devido à
característica de Tite, e sua regra de merecimento. Característica essa que tem
se mostrado muito eficiente, já que o elenco parece entender sua decisões e o
comandante tem o elenco em suas mãos. Não foi diferente com a chegada de Alex
para a temporada passada, que passou bom tempo no banco para depois assumir a
posição de titular da equipe. Assim como Guerrero, que até ultima partida do
Mundial nem poderia ser apontado como titular absoluto da equipe.
Cito aqui apenas as contratações de Renato Augusto e Pato
por dois motivos. Primeiro porque “do meio pra trás” o Corinthians já está
definido, e muito bem por sinal, com: Cássio, Alessandro, Chicão e Paulo André,
Fabio Santos, na defesa, Paulinho e Ralf de volantes. Assim o que pode ser
alterado é a parte final da equipe, e imagino com uma serie de possibilidades
interessantes.
Uma das premissas que Tite dificilmente abrirá mão na
montagem do time é que terá pelo menos 9 jogadores de linha que deem combate à bola
quando o time estiver se defendendo. Com isso para Emerson, Guerrero e Pato
devem restar um ou no máximo duas vagas.
Uma possibilidade seria um 4-4-2, com:
Alessandro, Chicão, Paulo André, Fabio Santos;
Renato Augusto (Romarinho), Ralf, Paulinho, Danilo (Jorge
Henrique);
Emerson (Pato) e Guerrero (Pato).
Nessa formação a característica principal seria de ter os
dois meias, Renato Augusto e Danilo, abertos e um pouco mais recuados do que os
atacantes laterais do 4-2-3-1. Temos alguns times que jogam dessa forma, mas o
primeiro que me vem à cabeça como modelo é o Manchester United de Sir Alex
Ferguson. Outro aspecto importante dessa forma de jogar é a movimentação dos
atacantes, que podem se revezar em movimentos verticais em direção ao centro do
meio de campo até a área. Como faz, e muito bem, Rooney nos Red Devils. Em
relação às duas possibilidades de nomes para formar esse ataque, penso que
qualquer um dos três (Emerson, Guerrero e Pato) pode desempenhar essas funções,
principalmente Emerson para voltar centralizando no meio de campo, e já fez
isso em 2012. Mas a combinação de Pato e Guerrero também pode funcionar, com o
primeiro saindo um pouco da área para o peruano ser a referencia ofensiva, e
utilizando sua característica de pivô. Nessa formação coloco Renato Augusto e
Danilo como primeiras opções para o esquema, pois estes têm mais
características de meias de fato, do que Jorge Henrique e Romarinho. Mas nada impede
que sejam utilizados. Principalmente Jorge Henrique, que a um bom tempo foi
recuando em campo.
Outra possibilidade seria um 4-2-3-1, com:
Alessandro, Chicão, Paulo André, Fabio Santos;
Ralf, Paulinho;
Romarinho, Danilo (Douglas), Jorge Henrique;
Guerrero (Pato ou Emerson)
Essa formação ficou muito conhecida no Corinthians de Mano
Menezes e Ronaldo campeão do Campeonato Paulista invicto e da Copa do Brasil. E
tem como característica a linha de três no meio de campo, que muitas vezes é
composta por um meia centralizado e dois atacantes que alem de marcar o
corredor lateral, fecham na área para fazer companhia ao atacante isolado. Nessa
formação coloquei Romarinho e Jorge Henrique como opções para as beiradas,
porque como disse antes estes tem mais características de finalização no
ataque. Mas é verdade que Danilo fez essa função no ano passado, e muito bem.
Apesar de achar que o desenho fica um pouco torto, é possível. Outra novidade é
a opção de Douglas para ser meia centralizado. Na outra formação não o coloquei,
pois acho que não consegue ter intensidade (palavra muito usado por Tite) para
desempenhar a função. Ou seja, dificilmente acompanhara o seu marcar quando o
time estiver sendo atacado. É verdade também que Douglas percebeu que terá que
adaptar suas características para atuar com Tite, e nisso melhorou muito no fim
da temporada. Na frente é que o técnico terá muitas opções entre Pato, Guerrero
e Emerson para apenas uma vaga. E com esse desenho com desvantagem para
Emerson, que tem menos características de área que os outros dois. Outra
possibilidade seria Emerson jogar aberto, mas assim como Douglas faltaria
in-ten-si-da-de (como diria pausadamente o gaucho Tite).
E a ultima possibilidade que vislumbro com certeza é a menos
provável, mas que tenho alguma curiosidade para ver em pratica, pois acho que
poderia dar certo. Um 4-3-1-2, com:
Alessandro, Chicão, Paulo André, Fabio Santos;
Edenílson (Guilherme), Ralf, Paulinho;
Danilo (Douglas);
Pato e Emerson (Guerrero).
A primeira equipe que lembro utilizando esse esquema é a
Inter de Milão que comandada por José Mourinho venceu o Barcelona pelas
Champions League. A maior dificuldade dessa formação seria a opinião publica (imprensa
e torcida) que muitas vezes tem ataques quando enxerga três volantes na equipe.
Mas é verdade também que é a formação que mais mexeria na base já montada,
porque altera a posição dos volantes. Com isso Ralf seria mais cabeça de área,
característica que tira de letra, ate porque quando chegou ao Corinthians
observava que ele afundava na área muito mais do que seu antecessor Cristian,
que dava combate mais em cima e tinha uma saída de bola um pouco mais
qualificada. A frente do “cão de guarda” Ralf, estaria Edenilson a esquerda, e
Paulinho a direita, sendo responsáveis pela saída de bola quando o time atacar
e ao primeiro combate no meio de campo quando na defesa. Nesse desenho ponho
como opção Guilerme, mas acho que Edenilson seria melhor porque quando entrou
no time foi muito bem e com velocidade tem chegada no ataque e na transição. A
frente apenas um meia para armar o time e com poucas obrigações defensivas. E
no ataque Pato e Emerson teriam liberdade para se movimentar por todas as
áreas. Nessa opção Guerrero fica como alternativa por ter menos mobilidade que
os outros dois.
Bom, essas são as três principais alternativas que enxergo
para Tite montar o Corinthians para 2013. E muitas destas opções apresentadas
acredita que os nomes escolhidos pelo técnico seriam diferentes dos meus, mas
como fez na temporada passada e deu muito certo. E se quando entrou tinha
muitas diferenças com o gaucho, faz algum tempo que me rendi ao “titês”, e não
só pelos resultados, mas também pelo desempenho excelente do ano passado. Tenho
certeza que irá escolher a melhor forma de armar seus comandados, mesclar o
elenco, e segurar os egos de um time com muitos bons jogadores como opção.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negocio chamado Futebol...
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