Mais um jogo pela Copa da Itália, agora para definir o adversário
da Lazio que ganhou ontem do Catania. Enfrentaram-se Juventus e Milan, num jogo
que teve dois gols no primeiro tempo. El Shaarawy abriu o placar para o time de
Milão e Giovinco empatou para a Velha Senhora. No segundo tempo persistiu o
empate, que levou a partida para a prorrogação. Vencida pela Juventus com gol
de Vucinic, em um contra ataque muito rápido.
A Juventus, do técnico Conte, se armou em um 3-5-2, com:
Storari;
Barzagli, Bonucci, Cárceres;
Lichtsteiner, Vidal, Marrone, Giaccherini, Isla;
Giovinco e Matri.
Formado com uma linha de três zagueiros com Barzagli pela
direita, Bonucci de libero, e Cárceres pela esquerda. A frente da zaga estava
Marrone como primeiro volante, com função apenas de marcar. De segundo volantes
estavam Vidal e Giaccherini, também com poucas intenções ofensivas. E os alas
Lichtsteiner pela direita e Isla na esquerda. No ataque Giovinco era o segundo
atacante de movimentação e Matri mais fixo na área. A dupla atacante foi muito
complementar, com Matri prendendo bem a bola na frente, mas com pouca definição.
Já Giovinco era o terror da defesa adversária, sempre vertical no drible e
buscando a definição.
Já o Milan, de Allegri, veio no 4-3-3, com:
Amelia;
Abate, Mexes, Acerbi, De Sciglio;
Montolivo, Ambrosini, Boateng;
Emanuelson, Pazzini e El Shaarawy.
Diferente da Juve, a defesa tinha uma linha de quatro. No meio
de campo Ambrosini centralizado como cabeça de área, Montolivo saindo pela direita
e Boateng pela esquerda. Diferente do adversário os segundo volantes do Milan
eram organizadores da equipe, avançando alternadamente com preferência de
Boateng. A frente três atacantes com Emanuelson e El Shaarawy abertos. Pazzini
era o centro avante, mas com bastante mobilidade para puxar centralizado no
meio de campo, quase como um falso 9.
O jogo mostrou claramente dois conceitos bem distintos,
quase opostos. A Juve era muito mais pragmática, e fazia a transição ofensiva
com lançamentos, ou mesmo chutões, para Matri fazer a parede e junto com
Giovinco criar as chances ofensivas. Já o Milan valorizava mais a posse de bola
até o ataque, porem com menos ímpeto para definir. A Juve centralizava suas
peças, em relação às laterais do campo, e tinha um time mais “alongado”, em relação
às linhas de fundo. Já o Milan abria suas peças, em relação às laterais,
principalmente com Emanuelson e El Shaarawy; e adiantava sua linha defensiva para
jogar com o time compactado, em relação à linha de fundo. A Juve deixava seus
dois atacantes quase indiferentes defensivamente. Já o Milan marcava com todos
os jogadores atrás da bola e mordendo a criação do adversário.
De forma maniqueísta poderíamos dizer que a Juventos foi o
antigo, e o Milan o moderno. Mas opor dessa forma pode ser simplista, em acha que
o velho é ruim e o novo bom, não é isso! Cada técnico deve armar sua equipe
conforme as características de suas peças. E se o Milan valorizava a posse de
bola, aspecto tão exaltado hoje em dia. A Juventus era muito mais incisiva em
busca do gol. Sem bonzinhos e mauzinhos como em Hollywood, o Futebol é mais
parecido com a vida.
E deu Juventus! Afinal alguém tinha que ganhar, mas o Milan
teve pelo menos duas chances claras de gol nos últimos dois minutos do segundo
tempo da prorrogação que levariam para as penalidades máximas.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negocio chamado Futebol...
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