quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Grande jogo no Bernabéu...


30 de janeiro de 2013 – Copa do Rei – Real Madrid 1x1 Barcelona:

Primeiro capitulo terminado na serie de dois super clássicos para decidir qual dos dois gigantes espanhóis avançam na Copa do Rei. Se alguém mais desinformado achava que o Barcelona teria alguma superioridade se engana, é clássico amigo! Nesse texto pretendo abordar apenas alguns aspectos que me chamaram a atenção desse ótimo jogo, que de tamanha intensidade renderia muito papo.

O Real Madri começou no 4-2-3-1, com:
Diego Lopez;
Essein, Varane, Ricardo Carvalho, Arbeloa;
Khedira, Xabi Alonso;
Callejon, Ozil, Cristiano Ronaldo;
Benzema.

O time de José Mourinho já tentou vários antídotos contra o Barça nos últimos confrontos, e a arma dessa vez não foi o posicionamento tático. E sim a postura do time. Na prancheta os blancos estavam no 4-2-3-1, esquema que estão acostumados a atuar. A mudança de postura foi a marcação pressionado que o time do português fez durante quase todo o primeiro tempo. Com isso tirava o conforto do adversário que tinha alguma dificuldade para sair jogando, e não “alugou” o campo do time da casa, como costuma fazer. Com essa pressão os merengues roubaram pelo menos oito ou nove bola no campo de ataque, proporcionando chances de gol. Se o time Catalão teve mais posse de bola durante o jogo. O time da capital foi mais agressivo e com mais chances claras de gol.

Já o Barcelona de Jordi Roura, Tito segue em NY cuidando da saúde, veio no 4-3-3, com:
Pinto;
Daniel Alves, Piqué, Puyol, Jordi Alba;
Xavi, Busquets, Fabregas;
Pedro, Messi, Iniesta.

O Barça formava seu 4-3-3 tradicional, mas tinha uma característica um pouco diferente de tempos atrás. O lado esquerdo do ataque ficou um pouco vazio. Por ali, no papel, estaria Iniesta que caia muito para o meio. Já Fabregas que também poderia ocupar esse espaço avançava bastante em direção à área. Com isso a formação azul grená ficava um pouco “torta” e sobrecarregava o lado direito do ataque, já que Jordi Alba também não supria a ausência de atacantes por lá. Já Pedro dava essa profundidade necessária na direita para abri à defesa adversáriA e com isso dar espaço a Messi. Com a dificuldade de saída de bola que teve o Barcelona quem se destacou foi Xavi, que sentiu a necessidade do time e se dedicou a acertar essa função.

E foi um grande jogo! Como disse no começo vou abordar apenas alguns aspectos para não me alongar. Nota importante que gostaria de ressaltar foi a grande atuação do zagueiro francês Varane, que foi coroada com o gol de empate no Bernabéu. E se tivemos tamanha igualdade na partida, a vantagem esta com o Barça que jogou fora de casa e decide quem passa para a final no Campo Nou.

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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Lazio na final da Copa da Itália..


29 de janeiro de 2013 – Copa da Itália – Lazio 2x1 Juventus:

E o primeiro finalista da Copa da Itália esta definido, e jogará em casa. Lazio faz a final no Estádio Olímpico de Roma contra o arquirrival Roma ou a Inter de Milão. A partida teve emoção até o final quando a Lazio vencia por 1x0 no segundo tempo, aos 47 da etapa final a Juve empatou com Vidal, assim o jogo iria para os pênaltis. Mas a Lazio virou e se classificou com gol de Floccari de cabeça após escanteio. Que ainda teve gol incrível perdido por Marchisio e Giovinco nos últimos segundos. Apesar de truncado, ótimo jogo...

E a Lazio veio a campo no 3-5-2, com:
Marchetti;
Biava, André Dias, Ciani;
Konko, Ledesema , Hernanes, Gonzales ,Radu ;
Klose, Mauri.

E a Velha Senhora Juve também no 3-5-2, com:
Storari;
Barzagli, Bonucci, Peluso;
Isla, Vidal, Marrone, Giaccherini, Padoin;
Vucinic, Giovinco.

Como no primeiro jogo as equipes vieram espelhadas na partida. E no trio do meio de campo o encaixe era quase preciso. Na Lazio Gonzales e Ledesma formavam a base do triangulo que tinha Hernanes no vértice ofensivo. E na Juve Vidal e Giaccherini eram a base, com Marrone, na cabeça de área, era o vértice defensivo. Ou seja, o meio de campo eram um triangulo com confrontos entre: Ledesma x Giaccherini, Hernanes x Marrone, Gonzalez x Isla.

E o primeiro tempo seguiu truncado e com pequena vantagem da Juve, que pressionava mais. No ultimo lance dos primeiros 45 minutos Giovinco recebeu na área cortou Ciani, mas chutou fraco para a defesa de Marchetti. Logo pensei: Está ai! É o drible que vai desatar esse nó! Mas não foi o que aconteceu.
Na etapa final Gonzalez voltou um pouco mais avançado, desfazendo o encaixe no meio. E foi essa movimentação que alterou o placar. Ledesma deu belo lançamento e o uruguaio entrou de cabeça para fazer 1x0 Lazio. No alvinegro de Turim a individualidade de Giovinco não pode fazer a diferença como normalmente. E depois das muitas emoções dos momentos derradeiros do jogo a Lazio avançou.

Nota: o brasileiro Hernanes, que vazia partida desatenta, teve choque feio de cabeça com o chileno Vidal e caiu desacordado em campo e sangrando. Mas logo se levantou e foi substituído. Nada mais grave parece ter acontecido.

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domingo, 27 de janeiro de 2013

Muricy não ajudou e Santos empatou...


27 de janeiro de 20313 – Campeonato Paulista – Bragantino 2x2 Santos:

Ainda pelo Campeonato Paulista o Santos foi a Bragança para enfrentar o Bragantino. E o time do interior foi adversário duríssimo para a equipe praiana, no primeiro tempo foi até melhor que o Santos, que terminou com 1x0. Chamou a atenção a disposição tática dos comandados de Muricy Ramalho que pareciam se postar no 4-3-1-2, com losango no meio de campo, com:

Rafael;
Bruno Peres, Neto, Durval, Guilherme Santos;
Arouca, Renê Junior, Cícero;
            Montillo;
André, Neymar.

Mas na pratica o primeiro volante Renê Junior afundou entre os dois zagueiros para formar o trio defensivo, e o que parecia uma variação tática foi permanente, com o time no 3-5-2. Com essa formação Muricy avançou os laterais que foram alas, mas não deu certo. O resultado foi visto no placar, 1x0 Bragantino. Por volta dos 40 minutos da primeira etapa o técnico soltou Renê para enfim atuar no 4-3-1-2, o que me pareceu muito mais coerente, porque com um cabeça de área e uma linha de quatro defensores quem teria mais liberdade eram os segundo volantes Arouca e Cícero, que tem muito mais qualidade ofensivas que seus laterais. E o efeito foi quase imediato, na volta do segundo tempo Montillo puxou contrataque e deu linda enfiada para o segundo volante Cícero empatar o placar. Mas a essa altura o time de Bragança já acreditava muito mais em suas forças, que até ali vinham parando o badalado adversário. E quem mais acreditou foi Diego Macedo que driblou pelo menos três santistas e meteu um balaço na gaveta para de novo colocar seu time na frente.

O Santos melhorou com a mudança tática, mas ainda assim era desorganizado. No mínimo confuso. Penso que esta formação com o losango no meio de campo é a melhor opção de formar o time, mas Muricy precisa “firmar” o esquema e treinar a desenvoltura para isso. E mesmo com isso nos acréscimos o alvinegro da baixada empatou com Neymar de pênalti. Castigo para o Bragantino que mereceu melhor sorte, pois agrediu o Santos e não se acovardou. E soube marcar bem Neymar, e até o finalzinho do segundo tempo não foi violento. No fim do jogo até exagerou um pouco, mas nada que chamou a atenção.
A joia santista teve atuação apagada durante quase toda a partida. E em muitos momentos pareceu irritado com o próprio desempenho. Santos não teve conjunto para potencializar suas individualidades, Montillo e Neymar. E na verdade só depende do desempenho dos dois craques...

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Cartão de visitas de Renato Augusto no Corinthians...


27 de fevereiro de 2012 – Campeonato Paulista – Mirassol 0x1 Corinthians:

Hoje tivemos Corinthians enfrentando o Mirassol fora de casa. O alvinegro conseguiu a vitória pelo placar mínimo. O técnico Tite mandou a campo o Timão no 4-2-3-1, com:

Danilo Fernandes;
Edenilson, Felipe, Gil, Igor;
Guilherme, Guilherme Andrade;
Zizao, Renato Augusto, Giovanni;
Romarinho.

E a novidade do jogo foi a presença de Renato Augusto que fez sua estreia no clube. E logo aos 7 minutos deu seu cartão de visitas com um belo cruzamento para Romarinho marcar. O meia se posicionou como o meia centralizado na linha de 3 ofensiva e teve boa atuação, deu bons passes em profundidade e roubou pelo menos três ou quatro bolas na defesa. A única observação que não me agrada é o posicionamento desse meia centralizado. Não é exclusividade do estreante, mas muito desconectado dos dois volantes. Tanto na defesa, que a presença serve não só para reforçar a marcação, mas principalmente para puxar contrataques. Como no ataque para qualificar a saída de bola. A proximidade desse triangulo com o meia no vértice ofensivo, seria interessante.  Mas essa característica parece ser orientada pelo técnico, pois Douglas faz igualzinho.

O jogo como um todo foi um tanto monótono, mas chama a atenção que o time já melhorou a sua armação de jogadas. Pois agora tem um meia de fato e não três volantes como nos jogos anteriores. Já Romarinho continua atuando improvisado como centroavante, mas foi mais participativo nessa partida, e marcou o gol do time. E obvio a presença no gol de Danilo Fernandes, já que depois de ser bastante criticado Julio Cesar não foi titular no jogo passado. Tite argumentou que existia um rodízio dos goleiros. Teoricamente hoje o titular seria Julio, mas não foi. Parece que seu ciclo no time que o formou pode chegar ao fim. E confesso que acho que seria bom para os dois lados, o goleiro pode ser titular em muitas equipes de ponta no Brasil.
No próximo confronto pelo Paulista é possível que os titulares atuem para já começar a pensar na estreia pela Libertadores.

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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Barça passou, e agora pega o Real...


24 de janeiro de 2013 – Copa do Rei – Málaga 2x4 Barcelona:

Essa quinta-feira foi de Copa do Rei da Espanha com Málaga x Barcelona. A disputa definiu o adversário do Real Madrid na semifinal. Que tem na outra perna da competição Sevilla x Atlético de Madrid. E teremos mais um Real x Barça na temporada! Deu Barcelona, mas o jogo não foi nenhum massacre como alguns podiam imaginar.

Málaga se formou no  4-4-2, com:
Kameni;
Jesús Gámez, Demichelis, Weligton, Eliseu;
Duda, Camacho, Iturra, Seba;
Joaquín, Roque Santa Cruz.

E o time da casa tinha duas linhas de quatro bem compactas, com Roque Santa Cruz na referencia de ataque e Joaquín na movimentação. E durante o primeiro tempo o Málaga conseguiu segurar como pode o Barça. Mesmo com o gol de Pedro logo aos oito minutos, em linda enfiada de Xavi, o Málaga empatou quatro minutos depois, com Joaquín que recebeu passe de Duda. Mas no segundo tempo o time do Camp Nou “montou” no adversário, fazendo seu jogo de posse de bola. E abriu o placar em lançamento de Iniesta para Pique, o zagueiro foi autentico centroavante e mandou para dentro. A superioridade continuava, mas: “Ah! o Futebol!”. Málaga puxa um rápido contrataque e empata a partida com Roque Santa Cruz, até ai dava a prorrogação. Mas o time azul e grená continuava pressionando e ampliou com Iniesta e, lógico, Lionel Messi.

O Barcelona, da “era” Tito Vilanova, mas comandado por Jordi Roura, tinha um 4-3-3, com:
Pinto;
Daniel Alves, Mascherano, Piqué, Jordi Alba;
Xavi, Busquets, Fabregas;
Pedro, Messi, Iniesta.

Deixei a formação do time catalão por ultimo para fazer algumas observações. O esquema tático é o mesmo, que tem uma linha de quatro na defesa, um triângulo no meio, e o trio ofensivo. A posse de bola, com a incrível qualidade de passe permanece intacta. A marcação pressão também. Mas a “magia” da era Guardiola parece ter diminuído. Já não se tem a variação tática hipnótica do passado recente, hoje existem “apenas” as brilhantes alterações do triangulo do meio de campo formado por Busquets, Xavi e Fabregas; e o recuo de Messi para a infiltração de Cesc. E nem o fanatismo em não dar chutões, que não são frequentes obvio, mas acontecem mais que antes. Por essas e outras não me conformava com a crítica de que Pep ainda teria que ser testado em outro time. O espanhol sim fará falta ao ex-clube. Que continua fantástico, mas hoje depende um pouco mais dos fatores técnicos dos seus craques. Que tem de sobra...

E agora teremos mais um jogo para aguardar com ansiedade entre Real Madrid x Barcelona, que bom!

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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Primeira partida do Grêmio na Libertadores


23 de janeiro de 2013 – Copa Libertadores da América – LDU 1x0 Grêmio:

Além do São Paulo, o Grêmio fez seu primeiro jogo na Copa Libertadores da América. Diferente do paulista, o tricolor gaúcho enfrentou um time muito mais competitivo e com tradição em competições sul americanas. Foi uma partida de poucas chances de parte a parte e que os equatorianos saíram com a vitória, mas sem demonstrar superioridade sobre o rival. Para o Grêmio o resultado foi bom, ruim seria perder de dois ou mais e ótimo empatar ou vencer, já que a peleja foi disputada fora de seus domínios.

O time de Vanderlei Luxemburgo estava armado no 4-2-2-2, com:
Dida
Tony, Cris, Saimon, Pará;
Fernando, Souza;
Elano, Zé Roberto;
Marcelo Moreno, Willian José.

Defini em um 4-2-2-2 para diferenciar de outras formações. Mas é o clássico 4-4-2, tão usados por aqui num passado recente. Com uma linha de quatro defensores (Tony, Cris, Saimon, Pará), dois volantes com funções defensivas (Fernando, Souza), dois meias soltos para armar a equipe (Elano, Zé Roberto), e dois atacantes (Marcelo Moreno, Willian José). E as definições são simples assim, pois para armar a equipe dessa forma o técnico defini a “altura” onde se posicionam suas peças, mas coloca poucas funções especificas para cada um. Por isso muitos dos que gostam dessa formação a defendem dizendo que dá mais liberdade aos jogadores. Já penso um pouco diferente, o futebol praticado hoje em dia mudou, e essa forma de atuar me parece um pouco “ingênua”. Mas opção tática não é gosto, é a melhor maneira para armar a equipe é a que seja fruto da caracterização de seus “comandados”. E seguindo isso penso que Luxemburgo não fez a melhor opção, pois nesse esquema a maioria em campo ocupa a faixa central da canja, podendo assim abrir espaços para os laterais, e nos 11 de hoje, Luxa não tinha essas peças com grande qualificação. No ataque tinha dois atletas com características parecidas de ocupar a área adversária. Juntando as duas coisas o time era praticamente um corredor pelo meio, esquecendo completamente os flancos. Já quando entrou Vargas no segundo tempo a situação melhorou, por ele ser esse segundo atacante de mais mobilidade. Mas ainda não foi o que resolveria a situação.

A LDU veio no 3-4-3, com:
Domínguez;
Canuto, Araujo, Morante;
Hidalgo, Urrutia, Vera, Reasco;
Vitti, Garces, Faroud.

(Já incluo a substituição de Urrutiu por Rojas, pois esta se deu logo aos 9 minutos)

Esquema bem menos conhecido aqui no Brasil e até pouco usado na Europa, mas pela parte do Cone Sul que fala espanhol é muito comum. Duas referencias me vem à cabeça quando vemos o 3-4-3. O Barcelona com Pep Guardiola, em alguma de suas muitas variações táticas. E o Atlético de Bilbao de “El Louco” Bielsa. Apesar desses dois exemplos não serem idênticos, pois vinham com o meio de campo em losango. Aqui na LDU a linha formada por quatro homens (Hidalgo, Urrutia, Vera, Reasco), a frente dos três zagueiros (Canuto, Araujo, Morante), era em linha. Com três atacantes no terço final do campo (Vitti, Garces, Faroud). Importante dizer que Faroud que caia pela esquerda tinha deslocamento constante para centralizar no campo para criar, enquanto Vitti era ponta direita e Garces o centroavante.

E se nenhum time pode ser superior ao outro, a LDU saiu na frente. Mas o confronto está mais do que aberto para o Grêmio tentar se classificar jogando em casa. Quem passar de fase cairá no grupo de Fluminense, Huachipato, Caracas.

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Passeio do São Paulo no nível do mar...


23 de Janeiro – Copa Libertadores da América – São Paulo 5x0 Bolivar:

São Paulo estreou na conhecida como Pré-Libertadores contra o Bolivar no Morumbi. E foi um passeio, 5x0 sem dificuldades. Mesmo contra adversário fraco, que já tomou 8x0 do Santos, o time tricolor mostrou muitas virtudes que revelam ótimo trabalho de Ney Franco.

E o São Paulo veio, em um 4-2-3-1, com:
Rogério Ceni;
Douglas, Lucio, Rhodolfo, Cortez;
Denílson, Wellington;
Aloísio, Jadson, Osvaldo;
Luis Fabiano.

A formação do 4-2-3-1 é a moda tática em quase todo o mundo, mas o esquema sãopaulino foi montado com muita precisão por seu técnico. Fator que o torna tão bem montado é a atuação de sua linha de três meias: formada por Aloísio, Jadson e Osvaldo. Os dois wingers (meias abertos) Aloísio, na esquerda, e Osvaldo, na direita, trabalham com precisão. Marcam os laterais, função muito valorizada quando se “descobriu” essa formação por aqui, mas também atacam abertos proporcionando à equipe a profundidade necessária e a infiltração que não deixa o centroavante, Luis Fabiano, isolado no ataque.

Outro aspecto que chama a atenção para o trabalho de Ney Franco é a compactação do seu time, jogando praticamente em um terço de campo, tanto defensivamente como no ataque. É importante lembrar que a quebra de paradigma do “professor” é grande, já que o São Paulo vinha atuando há algum tempo no pragmático 3-5-2, era quase uma tradição.

Já o Bolivar se armou no 4-1-4-1, com:
Arguello,
Eguino, Albarracin, Cabrera, Alvarez;
Flores;
Arce, Miranda, Justiniano, Cardozo;
Ferreira.

De forma bem defensiva o time boliviano tinha uma linha de quatro defensores: Eguino, Albarracin, Cabrera e Alvarez. Flores era o cabeça de área, e uma linha de quatro meio campistas, com funções bem defensivas formada por: Arce, Miranda, Justiniano e Cardozo. A frente estava Ferreira, que tinha alguma companhia com a aproximação do, ex-jogador do Corinthians, Arce. A equipe da Bolívia era até certinha taticamente, mas houve um abismo técnico entre os adversários. Alem de defender a única ação do Bolivar era bola pra frente buscando a parede de Ferreira e alguma inspiração de Arce. No segundo tempo a formação mudou para o 3-5-2, mas nada de relevante. E lógico foi pouco, muito pouco.

O tricolor deitou e rolou com grande atuação do meia Jadson. Chamou muito a atenção no pré-jogo a presença de Paulo Henrique Ganso no banco de reservas, mas vejo a situação de forma simples. Jadson até pode ser deslocado para a direita do meio de campo para a entrada do ex-santista, mas Jadson rende muito mais centralizado em campo, e Ganso não tem versatilidade para atuar em outra posição. Então o custo de mudar a posição de um para a entrada de outro pode ser muito alto. E Jadson fez questão de dar glorias a decisão do técnico, com grande atuação no jogo de hoje.
Com 5x0 na bagagem os bolivianos sobem o morro para a altitude de La Paz. E o confronto esta definido! São Paulo “entra” na Libertadores no grupo 3 junto com: Arsenal de Sarandí, Atlético Mineiro e The Strongest.

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Primeira convocação de Felipão...

 23 de janeiro de 2013 – Convocação da Seleção Brasileira:

Ontem Luiz Felipe Scolari, técnico da Seleção Brasileiro, anunciou sua primeira convocação depois que assumiu o cargo, com a demissão de Mano Menezes. Confesso que esperava que fosse bem pior, no fim das contas pareceu uma boa lista.

E vamos a ela, todo mundo já viu, mas só para registro:
Goleiros: Julio Cesar, Diego Alves.
Laterais: Adriano, Daniel Alves, Filipe Luis.
Zagueiros: David Luiz, Miranda, Dante, Castan.
Volantes: Arouca, Hernanes, Paulinho, Ramires.
Meias: Oscar, Ronaldinho Gaucho.
Atacantes: Fred, Luis Fabiano, Neymar, Lucas, Hulk

O primeiro e mais importante aspecto que pode ser observado é a ausência do cabeça de área, volante clássico, volante volante, volante pegador, cão de guarda, brucutu, ou qualquer outro nome usado para definir o homem que tem como função prioritariamente a marcação e com capacidade de armação e distribuição de passes reduzida. Arouca no time do Santos a pouco tempo atrás era esse ultimo homem do meio de campo. Paulinho com Mano Menezes fez essa função. E Ramires no Chelsea joga algumas vezes ao lado de Lampard com mais funções defensivas que o inglês.  E todos esses possíveis nomes para atuar de primeiro volantes tem ótima qualidade de passe para começar a transição ofensiva e também chegar bem ao ataque e até mesmo definir jogadas próximas à área adversária. Já Hernanes, com quase toda a certeza, se encaixaria muito mais sendo o segundo volante que auxiliará na marcação, mas com mais liberdades ofensivas.

Mas imagino que essa seria a condição ideal, no 4-2-3-1, com uma dupla de volantes com Arouca/Ramires/Paulinho e Arouca/Ramires/Paulinho/Hernanes. Outra possibilidade, e essa não me agrada, seria David Luiz se posicionar como cabeça de área com algum desses volantes ao seu lado. O jogador do Chelsea já atuou assim por seu clube. Acredito que vendo alguma dificuldade defensiva e sem pensar muito Felipão faria uso de David Luiz. Como ficou muito gravada na memória da maioria com Edmilson na Copa vencida pelo Brasil em 2002, em que ele era o volante hibrido que virava terceiro zagueiro. Importante lembrar que essa é só a primeira convocação e em próximas listas a presença de algum volante mais marcador é provável.

Outra discussão que acho relevante é o posicionamento de Neymar. Mano Menezes suscitou o assunto quando começou a escalar o craque santista pelo meio ou mesmo como referencia no ataque. Imagino que Felipão esteja pensando o time canarinho num 4-2-3-1, então a presença de Neymar é quase certa, aberto pela esquerda. Mas então me gera uma duvida, devemos cobrar que o menino marque o lateral adversário? Obviamente não com a veemência de um Jorge Henrique, mas que minimamente o acompanhe? Confesso que não tenho opinião formada sobre o assunto, porem não gosto da ideia do 4-2-3-1 torto que vemos em muitos times por ai, onde um dos meias abertos marca e o outro fica “solto”. A equipe parece não ter coerência e fica desestruturada. Portanto acho validas as tentativas de esquemas alternativos, como buscava Mano. Com Neymar de ponta de lança, centralizado no meio de campo, vejo argumentos como que sem estar aberto na esquerda teria mais espaço para seu talento. E ainda como referencia, seria o mesmo que Pep Guardiola fez com Lionel Messi, dando ainda mais liberdade ao craque do time (Messi ou Neymar, sem comparações possíveis ainda), e deu muito certo.

Um ponto da convocação que me parece realmente uma mudança de rumos são os centroavantes Fred e Luis Fabiano. Bem mais experientes e rodados que os que vinham sendo convocados e podem dar um indicativo na questão anteriormente colocado sobre o posicionamento de Neymar, já que com duas peças de peso como eles, é improvável que o santista seja a referencia. A opção por essa referencia mais fixa na área mostra coerência de raciocínio, mas a opção dos nomes é que me deixam com uma pulga atrás da orelha. Nos dois não sinto confiança que estarão bem fisicamente para a Copa do Mundo, mas é verdade que este pode ser o time preparado para a Copa América e sejam boas opções, será o melhor planejamento? Se basear em um time para um futuro próximo e pouco desejado como a disputa pré Copa do Mundo? Mas independente disso e do futuro da condição física, enxergo em Fred e Luis Fabiano características distintas, mas perigosas. O atacante sãopaulino ao mesmo tempo em que senti o jogo, é aguerrido e raçudo, muitas vezes tende a ser destemperado e irritadinho. Será que o envelhecimento da seleção necessariamente passa por ele? Já o do Fluminense muitas vezes joga por uma bola no jogo, para fazer um gol. Tirando assim a sua intensidade na disputa como um todo. Mas trabalhadas essas duas questões, ambos são selecionáveis.

De maneira geral a lista me pareceu boa e não foge muito do que vinha ocorrendo com seu antecessor. Vale lembrar que as ausências de Thiago Silva, zagueiro, e Marcelo, lateral, são por lesão. E Ronaldinho Gaucho é claramente uma referência de Scolari para a “molecada”, e até pode ser um escudo para outros se sentirem mais leves para jogar. Ainda assim vejo Oscar ocupando muito bem a função do meia centralizado no time, e pensando na Copa estará ainda mais experiente e rodado na Europa para encarar o desafio. Mas a sombra do R10 não seria muito forte? Enfim, veremos os 11 do primeiro jogo, e o decorrer do trabalho do experiente técnico. Sem sermos taxativos por demais, pelo menos por agora...

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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Espelho espelho meu, a Lazio foi a Juve e não perdeu...


22 de janeiro – Copa da Itália – Juventus 1x1 Lazio:

Começaram as semifinais da Copa da Itália, por essa “perna” se enfrentaram Juventus x Lazio, com o primeiro jogo em Turim. No outro lado do chaveamento se enfrentam Roma x Inter de Milão. O jogo foi bem embolado, mas vamos abordar as possíveis causas do bololo mais pra frente. Mas permaneceu o empate no placar final.

A Juve veio no seu esquema atual, um 3-5-2, com:
Storari;
Barzagli, Marrone, Bonucci;
Isla, Vidal, Pogba, Giaccherini, Peluso;
Marchisio  e Matri.

Postado da mesma forma que derrotou o Milan na fase anterior, porem com algumas mudanças nos nomes. Cáceres não começou jogando e em seu lugar Bonucci abriu e Marrone que era o primeiro volante no jogo anterior foi líbero, dando lugar ao bom volante Pogba. Isla que era o ala pela esquerda foi para a direita no lugar de Lichtsteiner, e em seu lugar entrou Peluso, que me pareceu péssimo jogador. E a mudança mais importante foi a entrada de Marchisio no lugar de Giovinco machucado. Essa mudança foi determinante para a queda de rendimento da Juve. Giovinco é o jogador que encosta em Matri e da o volume ofensivo da equipe de Turim, que no seu 3-5-2 é dura, mais de pouco inspiração. Seu substituto no jogo de hoje fechava muito mais pelo meio do que era o segundo atacante e deixava Matri bem isolado.

A Lazio aparentemente veio no 4-4-1-1 do ultimo jogo pela Copa da Itália, com:
Marchetti;
Cavanda, Biava, Cana, Ciani;
            González, Ledesma, Hernanes, Lulic;
Mauri,
Floccari.

Mas com o passar do jogo foi se espelhando com o time da casa com algumas inversões que poderiam ser interessantes, mas deixavam um buraco na ala direita do time. Pois González fechava para o meio, Ledesma e Hernanes caiam para a esquerda. Esse movimento teoricamente abria espaço para o “lateral” Cavanda no ataque, mas na defesa esse se colocava na ultima linha e o combate na direita era muito próximo da linha de fundo. Já no segundo tempo parece que o time se definiu e espelhou de vez ao seu adversário, no 3-5-2, com:
Marchetti;
Biava, Cana, Ciani;
            Cavanda, González, Ledesma, Hernanes, Lulic;
Mauri, Floccari.

Dessa forma a Lazio embolou o jogo de vez. Com os times com praticamente a mesma formação, a disputa era no meio de campo. Mas com decorrer do segundo tempo a Juventus encurralou a Lazio e em um cruzamento na área Peluso, que fazia péssimo jogo, abriu o placar. Logo pensei: “Ta vendo! Castigo para a Lazio. Quis se igualar à Juve e se deu mal”. Mas mesmo com a pressão da equipe da casa aos 41 minutos do segundo tempo a Lazio empatou! E saiu com belo resultado e aparentemente sua estratégia foi acertada, já que decide o confronto em Roma, com apoio de sua torcida. 

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domingo, 20 de janeiro de 2013

Estréia morna do Corinthians reserva...


20 de janeiro de 2013 – Campeonato Paulista - Paulista 1x1 Corinthians

Hoje em Jundiaí o Corinthians estreou na temporada contra o Paulista pelo campeonato estadual. Com time completamente reserva fez um jogo bem monótono, onde a principal atração era o chinês Zizao. E o time do técnico Tite foi a campo no 4-2-3-1, com:

Julio César;
Edenilson, André Vinicius, Felipe, Weldinho;
Guilherme, Guilherme Andrade;
Giovanni, Nenê Bonilha, Zizao;
Romarinho.
(Os números não correspondem aos usados na camisa dos jogadores)

O time reserva do atual Campeão do Mundo tinha uma linha de quatro defensores com Edenilson improvisado na lateral direita, André Vinicius e Felipe zagueiros, e o também improvisado Weldinho na lateral esquerda. À frente os volantes eram Guilherme e Guilherme Andrade. A linha de três meias tinha Giovanni a direita, Nenê Bonilha centralizado e Zizao pela esquerda. Romarinho era a referencia no ataque. O lado esquerdo do Timão era o mais forte com Edenilson e Giovanni. Nenê Bonilha buscava bastante o jogo, mas sem muita qualidade de armar o time. E na frente Romarinho teve participação bem apagada. Taticamente o Corinthians veio certinho e uma característica importante foi a linha defensiva bem alta quando o time atacava, compactando a equipe. Mas o mesmo não aconteceu na defensiva.
Importante ter claro que os jogadores que saíram como titulares no jogo de hoje tem pretensões muito diferentes no elenco. Julio César deve ter claro que será reserva de Cássio, e parece não querer sair do time que o revelou para o futebol. Os zagueiros André Vinicius e Felipe e o meia Nenê Bonilha são garotos e devem ser reservas do time alternativo que irá atuar na maior parte do Campeonato Paulista. Guilherme, Romarinho, e Edenilson são alternativas para o time principal que disputará as mais importantes partidas. Giovanni, também garoto da base, mas briga para ter espaço no elenco principal, ainda não como alternativa imediata para titularidade, assim como Guilherme Andrade. Weldinho parece que vai embora. E o Zizao, bom...

Zizao foi contratado como peça de marketing. Vejo a ação de forma discutível, mas me agrada muito como Tite lida com a situação. Se o departamento de marketing tem sua função, e importante hoje em dia, o comandante tem a sua, e conduz suas decisões com critérios técnicos. Por isso o chinês tem poucas oportunidades. O jovem asiático até me cativa, pois parece ser um garoto humilde e esforçado. Mas não é bom de bola. Porém o primeiro gol da temporada do atual campeão das Américas saiu graças a uma linda jogada de Zizao. Tabelou no meio, levou profundo, driblou o zagueiro, deu passe preciso para Giovanni abrir o placar.

E estreia do Corinthians foi morna. Depois do primeiro gol achou que poderia ter resolvido o jogo. Ai o time do interior empatou e a equipe da capital não teve condições de buscar os três pontos. E foi isso...

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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Ótimo problema para o técnico Tite...



Começa o ano, e após a chatíssima fase das especulações sem fim, os times fecham seus elencos para a próxima temporada. Um deles é o Corinthians, campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes, e com grupo já bastante forte, fez suas contratações. E as principais e que podem dar uma ótima dor de cabeça para o técnico Tite, são Renato Augusto e Alexandre Pato.

Obviamente a maioria dos que gostam de esquemas táticos já começa a imaginar as possíveis formações, e gostaria de mostrar o que pensei. Importante lembrar que pouco irá mudar de imediato no time titular, devido à característica de Tite, e sua regra de merecimento. Característica essa que tem se mostrado muito eficiente, já que o elenco parece entender sua decisões e o comandante tem o elenco em suas mãos. Não foi diferente com a chegada de Alex para a temporada passada, que passou bom tempo no banco para depois assumir a posição de titular da equipe. Assim como Guerrero, que até ultima partida do Mundial nem poderia ser apontado como titular absoluto da equipe.

Cito aqui apenas as contratações de Renato Augusto e Pato por dois motivos. Primeiro porque “do meio pra trás” o Corinthians já está definido, e muito bem por sinal, com: Cássio, Alessandro, Chicão e Paulo André, Fabio Santos, na defesa, Paulinho e Ralf de volantes. Assim o que pode ser alterado é a parte final da equipe, e imagino com uma serie de possibilidades interessantes.

Uma das premissas que Tite dificilmente abrirá mão na montagem do time é que terá pelo menos 9 jogadores de linha que deem combate à bola quando o time estiver se defendendo. Com isso para Emerson, Guerrero e Pato devem restar um ou no máximo duas vagas.
Uma possibilidade seria um 4-4-2, com:

                                   Alessandro, Chicão, Paulo André, Fabio Santos;
                                   Renato Augusto (Romarinho), Ralf, Paulinho, Danilo (Jorge Henrique);
                                   Emerson (Pato) e Guerrero (Pato).

Nessa formação a característica principal seria de ter os dois meias, Renato Augusto e Danilo, abertos e um pouco mais recuados do que os atacantes laterais do 4-2-3-1. Temos alguns times que jogam dessa forma, mas o primeiro que me vem à cabeça como modelo é o Manchester United de Sir Alex Ferguson. Outro aspecto importante dessa forma de jogar é a movimentação dos atacantes, que podem se revezar em movimentos verticais em direção ao centro do meio de campo até a área. Como faz, e muito bem, Rooney nos Red Devils. Em relação às duas possibilidades de nomes para formar esse ataque, penso que qualquer um dos três (Emerson, Guerrero e Pato) pode desempenhar essas funções, principalmente Emerson para voltar centralizando no meio de campo, e já fez isso em 2012. Mas a combinação de Pato e Guerrero também pode funcionar, com o primeiro saindo um pouco da área para o peruano ser a referencia ofensiva, e utilizando sua característica de pivô. Nessa formação coloco Renato Augusto e Danilo como primeiras opções para o esquema, pois estes têm mais características de meias de fato, do que Jorge Henrique e Romarinho. Mas nada impede que sejam utilizados. Principalmente Jorge Henrique, que a um bom tempo foi recuando em campo.

Outra possibilidade seria um 4-2-3-1, com:

                                Alessandro, Chicão, Paulo André, Fabio Santos;
                                Ralf, Paulinho;
                                Romarinho, Danilo (Douglas), Jorge Henrique;
                                Guerrero (Pato ou Emerson)

Essa formação ficou muito conhecida no Corinthians de Mano Menezes e Ronaldo campeão do Campeonato Paulista invicto e da Copa do Brasil. E tem como característica a linha de três no meio de campo, que muitas vezes é composta por um meia centralizado e dois atacantes que alem de marcar o corredor lateral, fecham na área para fazer companhia ao atacante isolado. Nessa formação coloquei Romarinho e Jorge Henrique como opções para as beiradas, porque como disse antes estes tem mais características de finalização no ataque. Mas é verdade que Danilo fez essa função no ano passado, e muito bem. Apesar de achar que o desenho fica um pouco torto, é possível. Outra novidade é a opção de Douglas para ser meia centralizado. Na outra formação não o coloquei, pois acho que não consegue ter intensidade (palavra muito usado por Tite) para desempenhar a função. Ou seja, dificilmente acompanhara o seu marcar quando o time estiver sendo atacado. É verdade também que Douglas percebeu que terá que adaptar suas características para atuar com Tite, e nisso melhorou muito no fim da temporada. Na frente é que o técnico terá muitas opções entre Pato, Guerrero e Emerson para apenas uma vaga. E com esse desenho com desvantagem para Emerson, que tem menos características de área que os outros dois. Outra possibilidade seria Emerson jogar aberto, mas assim como Douglas faltaria in-ten-si-da-de (como diria pausadamente o gaucho Tite).

E a ultima possibilidade que vislumbro com certeza é a menos provável, mas que tenho alguma curiosidade para ver em pratica, pois acho que poderia dar certo. Um 4-3-1-2, com:

                                Alessandro, Chicão, Paulo André, Fabio Santos;
                                Edenílson (Guilherme), Ralf, Paulinho;
                                Danilo (Douglas);
                                Pato e Emerson (Guerrero).

A primeira equipe que lembro utilizando esse esquema é a Inter de Milão que comandada por José Mourinho venceu o Barcelona pelas Champions League. A maior dificuldade dessa formação seria a opinião publica (imprensa e torcida) que muitas vezes tem ataques quando enxerga três volantes na equipe. Mas é verdade também que é a formação que mais mexeria na base já montada, porque altera a posição dos volantes. Com isso Ralf seria mais cabeça de área, característica que tira de letra, ate porque quando chegou ao Corinthians observava que ele afundava na área muito mais do que seu antecessor Cristian, que dava combate mais em cima e tinha uma saída de bola um pouco mais qualificada. A frente do “cão de guarda” Ralf, estaria Edenilson a esquerda, e Paulinho a direita, sendo responsáveis pela saída de bola quando o time atacar e ao primeiro combate no meio de campo quando na defesa. Nesse desenho ponho como opção Guilerme, mas acho que Edenilson seria melhor porque quando entrou no time foi muito bem e com velocidade tem chegada no ataque e na transição. A frente apenas um meia para armar o time e com poucas obrigações defensivas. E no ataque Pato e Emerson teriam liberdade para se movimentar por todas as áreas. Nessa opção Guerrero fica como alternativa por ter menos mobilidade que os outros dois.

Bom, essas são as três principais alternativas que enxergo para Tite montar o Corinthians para 2013. E muitas destas opções apresentadas acredita que os nomes escolhidos pelo técnico seriam diferentes dos meus, mas como fez na temporada passada e deu muito certo. E se quando entrou tinha muitas diferenças com o gaucho, faz algum tempo que me rendi ao “titês”, e não só pelos resultados, mas também pelo desempenho excelente do ano passado. Tenho certeza que irá escolher a melhor forma de armar seus comandados, mesclar o elenco, e segurar os egos de um time com muitos bons jogadores como opção.

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negocio chamado Futebol...
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domingo, 13 de janeiro de 2013

No clássico da Inglaterra deu Manchester United

13 de janeiro de 20113 – Campeonato Inglês - Manchester United 2x1 Liverpool: X
Nesse domingo foi disputado o maior clássico da Inglaterra, obviamente muitas vezes as rivalidades regionais são muito mais intensas. Mas o grande clássico nacional é Manchester United x Liverpool, os dois são os maiores vencedores do Campeonato Inglês, e a equipe de Manchester recentemente ultrapassou o Liverpool em numero de conquistas nacionais. É verdade também que nos últimos tempos a rivalidade esta um pouco esvaziada. Pela péssima fase que atravessa o Liverpool e pelo “surgimento” de outras potencias com dinheiro para duelar com os Red Devils, como o rival azul Manchester City e o também azul Chelsea, ambas com injeções monstruosas de dinheiro.

Mas com a bola rolando no Old Trafford, casa do United, o Manchester veio no seu quase imutável 4-4-2, com:

                De Gea
                Rafael, Ferdinand, Vidic, Evra;
                Carrick, Cleverley;
                Young, Kagawa;
                Welbeck e Van Persie.
(Os números não correspondem aos usados na camisa dos jogadores)

É impressionante que o time de Sir Alex Ferguson dificilmente altera seu desenho tático para enfrentar qualquer adversário, e nesse caso nem faria sentido. Já que o time é quem provavelmente mandaria no jogo. E a equipe tinha quatro defensores em linha, Rafael, Ferdinand, Vidic e Evra; com dois volantes à frente, Carrick e Cleverley. E a maior característica desse esquema são os meias, Young e Kagawa, que se posicionam bem abertos e “um passo atrás” em relação aos wingers do 4-2-3-1, a tática da moda. A frente outra movimentação importante é dos atacantes, Welbeck e Van Persie, que tem o holandês como referencia de ataque. Mas os atacantes se movimentam não para as laterais e sim pelo meio em direção a faixa central do campo e a área. Como podemos ver o time de Ferguson não tem um meia central, “o cérebro”, em seu time. Mas essa função é divida pelos jogadores que atuam do meio pra frente, tanto os volantes que se adiantam para armar, meias abertos que fecham, e os atacantes que voltam.

Já o Liverpool veio a campo em um 4-1-4-1, com:

Reina;
           Wisdom, Skrtel , Agger, Jhonson;
Lucas;
Downing, Gerard, Allen, Sterling;
Suarez
(Os números não correspondem aos usados na camisa dos jogadores)

Esquema tático com clara intenção mais defensiva, opção teoricamente correta já que o time do Liverpool esta um patamar a baixo do seu adversário do jogo de hoje, tanto no campeonato, como nos nomes do seu elenco, e ainda mais na organização da equipe em campo. E se posicionaram com quatro defensores, Wisdom, Skrtel , Agger, Jhonson, com o brasileiro Luvas Leiva de primeiro volantes a frente da área. Em sua penúltima linha tinham quatro meias, Downing a direita, Gerard e Allen pelo meio, Sterling na esquerda. E Suarez na frente. E o grande problema do time estava exatamente na frente, Suarez ficava muito isolado como referencia de ataque, não só porque não tinha um segundo atacante ao seu lado. Mas porque o meias não encostavam no uruguaio para jogar. E a situação era pior quando Suarez se cansava de ficar encaixotado entre os zagueiros e voltava para buscar o jogo, deixando o ataque completamente vazio.

Durante a maioria do jogo o United foi melhor que o Liverpool, que sofria muito com a marcação mais adiantada dificultando a saída de bola da sua defesa. Era possível observar que havia espaço entre a linha de volantes e zagueiros do Manchester, já que boa parte do time se adiantava para pressionar e a linha da zaga não subia junto, mas não foi aproveita essa chance. No primeiro tempo 1x0 para o time da casa. E no segundo o técnico do Liverpool agiu, e alterou seus comandados. Saiu Lucas Leiva e entrou Sturridge. Assim o time não era mais um 4-1-4-1 e sim 4-4-2, com a saída do cabeça de área Luvas Leiva e a entrada de Sturridge para ser dupla de ataque com Suarez. E a mudança surtiu evento, o time melhorou. Mas em pouco momentos foi melhor que o Manchester United. No segundo tempo o placar se ampliou em 2x0 e logo em seguida 2x1 com gol de Sturridge que saiu do banco para diminuir para os visitantes. Definindo o resultado em Manchester United 2x1 Liverpool.

Dois jogadores chamaram muito a atenção. Pelo Liverpool, Gerrard apesar do chute que deu rebote para Sturridge marcar, fez partida muito apagada. O inglês tem que ser a referencia desse time e comandar o meio de campo. E pelo Manchester United, Robin van Persie impressiona pela sua capacidade técnica. O artilheiro tem controle quase que total de suas ações e dificilmente faz uma jogada sem buscar a melhor opção.

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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

No clássico pela Copa da Itália, deu Juve...

9 de janeiro de 2013 - Juventus 2x1 Milan – Copa da Itália:

X 
Mais um jogo pela Copa da Itália, agora para definir o adversário da Lazio que ganhou ontem do Catania. Enfrentaram-se Juventus e Milan, num jogo que teve dois gols no primeiro tempo. El Shaarawy abriu o placar para o time de Milão e Giovinco empatou para a Velha Senhora. No segundo tempo persistiu o empate, que levou a partida para a prorrogação. Vencida pela Juventus com gol de Vucinic, em um contra ataque muito rápido.

A Juventus, do técnico Conte, se armou em um 3-5-2, com:

Storari;
Barzagli, Bonucci, Cárceres;
Lichtsteiner,  Vidal, Marrone, Giaccherini, Isla;
Giovinco e Matri.

Formado com uma linha de três zagueiros com Barzagli pela direita, Bonucci de libero, e Cárceres pela esquerda. A frente da zaga estava Marrone como primeiro volante, com função apenas de marcar. De segundo volantes estavam Vidal e Giaccherini, também com poucas intenções ofensivas. E os alas Lichtsteiner pela direita e Isla na esquerda. No ataque Giovinco era o segundo atacante de movimentação e Matri mais fixo na área. A dupla atacante foi muito complementar, com Matri prendendo bem a bola na frente, mas com pouca definição. Já Giovinco era o terror da defesa adversária, sempre vertical no drible e buscando a definição.

Já o Milan, de Allegri, veio no 4-3-3, com:
            
            Amelia;
Abate, Mexes, Acerbi, De Sciglio;
Montolivo, Ambrosini, Boateng;
Emanuelson, Pazzini e El Shaarawy.

Diferente da Juve, a defesa tinha uma linha de quatro. No meio de campo Ambrosini centralizado como cabeça de área, Montolivo saindo pela direita e Boateng pela esquerda. Diferente do adversário os segundo volantes do Milan eram organizadores da equipe, avançando alternadamente com preferência de Boateng. A frente três atacantes com Emanuelson e El Shaarawy abertos. Pazzini era o centro avante, mas com bastante mobilidade para puxar centralizado no meio de campo, quase como um falso 9.

O jogo mostrou claramente dois conceitos bem distintos, quase opostos. A Juve era muito mais pragmática, e fazia a transição ofensiva com lançamentos, ou mesmo chutões, para Matri fazer a parede e junto com Giovinco criar as chances ofensivas. Já o Milan valorizava mais a posse de bola até o ataque, porem com menos ímpeto para definir. A Juve centralizava suas peças, em relação às laterais do campo, e tinha um time mais “alongado”, em relação às linhas de fundo. Já o Milan abria suas peças, em relação às laterais, principalmente com Emanuelson e El Shaarawy; e adiantava sua linha defensiva para jogar com o time compactado, em relação à linha de fundo. A Juve deixava seus dois atacantes quase indiferentes defensivamente. Já o Milan marcava com todos os jogadores atrás da bola e mordendo a criação do adversário.

De forma maniqueísta poderíamos dizer que a Juventos foi o antigo, e o Milan o moderno. Mas opor dessa forma pode ser simplista, em acha que o velho é ruim e o novo bom, não é isso! Cada técnico deve armar sua equipe conforme as características de suas peças. E se o Milan valorizava a posse de bola, aspecto tão exaltado hoje em dia. A Juventus era muito mais incisiva em busca do gol. Sem bonzinhos e mauzinhos como em Hollywood, o Futebol é mais parecido com a vida.

E deu Juventus! Afinal alguém tinha que ganhar, mas o Milan teve pelo menos duas chances claras de gol nos últimos dois minutos do segundo tempo da prorrogação que levariam para as penalidades máximas.

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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Pouca emoção na partida, mas muitas alternativas táticas...


8 de janeiro de 2013 - Copa da Itália - Lazio 3 x 0 Catania:
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Lazio e Catania se enfrentaram hoje em Roma no Estádio Olímpico, o jogo foi de pouca emoção com vitoria do time da casa pelo placar clássico de 3 a 0. Com um gol no primeiro tempo de Radu, em escanteio batido por Candreva, que ele fez de cabeça. E no segundo tempo dois gols do brasileiro Hernanes, ambos com assistências de Floccari.

A Lazio veio em uma formação que defini como um 4-4-1-1, mas outras interpretações do desenho tático são possíveis, com:
Bizarri,
            Cavanda, Biava, Cana, Radu;
González, Ledesma, Hernanes, Lulic;
Candreva;
Floccari.

A linha de defesa tinha Cavanda como lateral direito, mas muitas vezes esse atuava tão adiantado que podia se ter a noção de uma linha de três defensores. Já que Radu fechava, deixando Cana como libero e Biava cobria as subidas de Cavanda. Mas preferi definir como uma linha de quatro defensores na primeira linha, pois com frequência muito menor Radu avançou pela esquerda, e também Cavanda no encaixe defensivo se fixava como lateral pela direita.

A frente da defesa tinha uma dupla de volantes. Onde Ledesma cumpria função bem mais defensiva  que Hernanes, mas o brasileiro era quem fazia a transição para o ataque. Ainda no meio, abertos estavam González e Lulic. Mas estes tinham atuavam de formas diferentes. González fechava muito mais pelo meio, preenchendo o setor e para abrir espaços para o lateral, quase ala, Cavanda. Enquanto Lulic abria e aprofundava pela esquerda alongando o ataque da equipe.

No setor de ataque e com menos obrigações defensivas ficavam Candreva, que se posicionava um pouco mais próximo do meio de campo e com liberdade para cair para os lados, e Floccari era o centro avante.

Um aspecto que chama atenção é como a segunda linha de quatro jogadores ataca a bola a todo o momento, dificultando a criação do adversário. Adversário esse que não tinha lá muito interesse em criar, é verdade. O Catania queria achar um gol e se fechar. Mas a maior característica da equipe da Lazio é a colaboração dos jogadores para cobrir os espaços, causando muitas inversões na função de cada um. Dificultando, como disse no começo do post, em definir a formação da equipe. Mas nesse caso era difícil para o comentarista/observador e não para os jogadores, que pareciam saber muito bem o que precisavam fazer. E isso é uma grande qualidade na formação tática!

Quem vale um ultimo comentário é Hernanes, já que tanto se fala em uma convocação dele para a seleção brasileira. Posso parecer brigar com os fatos em dizer que ele não jogou tão bem, quando o ex-jogador do São Paulo fez dois gols na partida. Mas justifico minha opinião dizendo que ele, diferente de tempos atrás quando atuava como meia solto na frente, ocupava uma posição de segundo volante na equipe. E com essa obrigação fez partida apagada a maior parte do tempo Errando passes na saída de bola, não ajudou Ledesma que marcava o Catania quase sozinho, e pouco criou de substancial nas ações ofensivas. Mesmo assim só prova que é bom de bola e mesmo sem tanta inspiração deixou “só” dois na caixa. Em relação a sua convocação para jogar pelo Brasil, imagino que é uma possibilidade e não uma unanimidade, e teria mais chances se fosse o segundo volante que saiu de nosso pais rumo a bota. Hoje talvez seja muito mais meia do que a tempos atrás.

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domingo, 6 de janeiro de 2013

Corinthians estreia na Copa São Paulo de Futebol Junior...



6 de janeiro de 2013 – Copa São Paulo de Futebol Junior –Corinthians 2 x 2 XV de Piracicaba

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Corinthians, atual campeão da competição, estreou na Copa São Paulo de Futebol Junior contra o XV de Piracicaba na cidade de Araras. O time empatou em 2 x 2 e não mostrou, pelo menos até agora, ser um dos favoritos para manter o titulo conquistado em 2012.


E o técnico Rodrigo de Azevedo Leitão posicionou a equipe em um 4-3-1-2, com:

                 Caíque França,
                 Lucas Roncato, Rafael, Ivan e PC;
                 Lucas Neves, Ualef, Ayrton;
                 Leo,
                 Leandro e Paulinho.


(Os números não correspondem aos usados na camisa dos jogadores)


O time começava assim com uma linha de quatro defensores e três volantes a sua frente. Onde Luvas Neves caia pela direita, Ualef centralizava na cabeça da área, e Ayrton pela esquerda com um pouco mais de liberdade. Na criação estava Léo, com poucas obrigações defensivas e na frente Leandro era o centroavante e Paulinho caia mais pela esquerda como segundo atacante com mobilidade.

Em nenhum momento do jogo o time da capital foi melhor que seu adversário. E logo aos três minutos o XV abriu o placar, onde o goleiro Caíque rebateu mal pra dentro da área um cruzamento e foi encoberto. Já aos 24 minutos mesmo ainda mal na partida o Corinthians empatou, em cruzamento de Ayrton, que Leandro, que mostrou ser bom jogador, fez de cabeça. E foi o primeiro tempo.

Já na segunda etapa o técnico Leitão mudou a equipe, tirando Lucas Neves da linha dos três volantes para entrar Jean Theodoro. Assim o Timãozinho se postou em um 4-2-3-1, que do meio pra frente tinha os dois volantes Ualef e Ayrton, uma linha de três meias com Jean aberto na direita, Paulinho centralizado, Léo caia pela esquerda, e Leandro centralizado na frente.

(Os números não correspondem aos usados na camisa dos jogadores)


Com a alteração o time melhorou, mas ainda assim não foi melhor que o XV. De novo, logo após o apito inicial o time do interior ficou na frente, em escanteio o goleiro Caíque mais uma vez falha, fica no meio do caminho, e sofreu gol. Mas logo em seguida aos dez minutos o Corinthians empata a partida,agora em ótima jogada de Léo que após receber passe de Jean, dribla na área e marca. 2 x 2 e ponto final.

Assim foi a estreia do Corinthians, que se mostrou bem mais fraco que no ano passado quando foi campeão. Um dos aspectos que mais me chamou a atenção foi o fato da equipe ser pouco compactada, nas duas formações. Se o ataque pressionava a marcação e os volantes subiam, a linha defensiva ficava muito recuada deixando um buraco entre ela e os volantes. Assim facilitava a saída de bola do adversário e pouco surtia efeito a pressão. Saída de bola que o Corinthians sofreu quase todo o tempo, quando seus zagueiros abriam e Ualef encaixava para fazer a saída de bola, porem com pouca qualidade de passe. Ainda mais porque tanto os laterais como segundo volante já se mandavam para o ataque. Com isso a transição ofensiva ficou débil e a bola não jogava no ataque.

É verdade que a equipe foi bem modificada do ano passado e a idade media do time ser bem baixa. Os garotos podem ter sentido o peso do primeiro jogo. Mas o técnico Rodrigo Leitão terá trabalho para o próximo jogo, se quiser melhorar o desempenho da sua equipe.

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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Empate já seria bom, um vitoria então..






2 de Janeiro de 2013 – Chelsea 0 x 1 Queens Park Rangers:

Hoje se enfrentaram em Londres, no estádio de Stamford Bridge, Chelsea x Queens Park Rangers. Os vizinhos da capital inglesa vivem situações quase opostas na Barclays Premier League, com o Chelsea disputando as primeiras posições do campeonato inglês, enquanto o rival mais pobre é o ultimo.

(Os números não correspondem aos usados na camisa dos jogadores)


Chelsea veio para o jogo, no 4-2-3-1 (na prancheta de Azul) com:
    Turnbull (1)
                Azpilicueta (2), Cahill (4), Ivanovic (3), Bertrand (6)
                David Luiz (5), Lampard (8)
                Marin (7), Oscar (10), Moses (11)
                Fernando Torres (9)

E o QPR, no 4-3-3, com:
                Julio Cesar (1)
                Onuoha (2), Hill (4), Nelsen (3), Fabio (6)
                Granero (9), Derry (5), MBia (8) 
                Mackie (7), Taarabt (10), Hoillet (11)



O primeiro tempo foi morno durante a maioria do tempo. Chelsea com a iniciativa do jogo, porem em alguns momentos iniciais tinha dificuldade na saída de bola. O QPR se defendia bem, com o time postado em campo de forma defensiva, porem “não encostava as costas na parede”, o time todo encolhia e alargava, como uma sanfona, para não se afundar em sua área e pressionar um pouco a saída de bola do adversário.
Perante a obrigação de mandar no jogo o Chelsea pouco criou, tendo apenas 6 finalizaçoes ao fim da primeira etapa, contra 5 do QPR. Criação que em teoria era responsabilidade de Lampard na saída e mais a frente de Oscar, que sofria com a marcação de Derry. Soma-se a isso com a pouca mobilidade de seus meias abertos, Marin e Moses, o jogo tomou ritmo lento em todo na primeira etapa.

Já no segundo tempo o jogo se abriu um pouco, com os meias abertos do Chelsea se movimentando mais e fechando na área. Os primeiros minutos foram de forte pressão do Chelsea. Já quase no quarto final da partida Hazard entrou no lugar de Marin, que ate então não fazia má partida, mas com essa modificação o técnico Rafa Benitez melhorou de fato a equipe, acentuando a melhor característica da sua leve linha de três meais, estes começaram a inverter as posições criando mais possibilidades.

Já o QPR também soltou um pouco sua formação com Granero descolando da linha de três volantes para centralizar na meia, deixando o Tarrabt mais isolado na frente. O marroquino Taraabt era a referencia no ataque, fugindo um pouco de sua característica de ser mais meia.

Mas aos 78 minutos em escanteio que deu rebote fora da área, Taraabt deu ótimo tapa para Wright-Phillips abrir o placar. E mesmo com o desespero do time azul, mais famoso, rico e favorito de Londres o placar final foi uma heroica vitoria por 0 x 1 para o time de nome mais simpático do Campeonato Inglês.  


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