Cruzeiro goleou nas oitavas da Copa do Brasil, enfileirou 5 a 0 no pequeno Santa Rita. O placar foi elástico, mas a verdade é que poderia ser muito mais. Jefferson, goleiro do time alagoano, fez um milagre em arremate na pequena área após cruzamento de Alisson. Moreno perdeu chance clara após cruzamento, de novo da direita. Isso tudo antes dos 34 minutos da primeira etapa, e com 3 a 0 no placar. Marlone ainda meteu uma bola na trave no segundo tempo. Não seria nenhum absurdo dizer que a partida poderia ter terminado em 8 a 0, com alguma tranquilidade.
Em todos os momentos da partida, os mineiros buscaram o gol.
Uma ânsia por balançar as redes adversárias impressionante. Um dia a seleção
espanhola foi chamada de Fúria, e bundamolísticamente renegou ao apelido para
ser conhecida como Roja. Se o Cruzeiro quiser se apoderar na alcunha, fique à
vontade! Nada mais justo.
Nem tudo são flores no time de Marcelo Oliveira, ou melhor:
são. Mas se quisermos ser exigentes e melhorar ainda mais o que já é fantástico,
vale observar que a equipe trata pouco da bola. Não é um time de contra-ataque,
nem de bola parada. Mas define muito rápido, todas, as jogadas. Difícil ver os
azuis de Minas trocando passes e rondando a área rival.
O resultado, e o desempenho, foram fantásticos. E muitos,
com razão, irão lembrar da fraqueza do adversário. Claro, mas vamos lembrar
qual a espinha dorsal do atual campeão brasileiro? Pois é, Ricardo Goulart e
Everton Ribeiro não estavam em campo.
Mas é obvio que o time não depende da dupla. E tem
individualidades fortes em outras posições. Uma delas é Lucas Silva, a bola que
o garoto de 21 anos jogou ontem foi sensacional. Pela assistência para o gol da
abrideira, pelo chute que deu rebote e Moreno marcou o quarto. Mas a característica
que mais me chama a atenção é o passe longo. O volante inverte bolas com uma
facilidade impressionante. Brinquei ontem dizendo: Cruzeirense, só torça para
uma coisa, que esse jogo não esteja passando em nenhum país da Europa, senão
eles desembarcam aqui com um caminhão de dinheiro para leva-lo. Claro que não
só por essa partida, pela temporada toda.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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