quinta-feira, 11 de junho de 2015

Galo, não é digno das vaias. Mas precisa avançar...


Nas prévias para o Campeonato Brasileiro teve quem apontou o Atlético de Levir Culpi como um dos favoritos ao título e jogando o melhor futebol do Brasil. Um deles foi este blog, e que não se arrepende disso. Era merecido. Porém há quem já comece, como um setor da massa atleticana, a questionar esse status. Também com justiça. Mas penso que é preciso tentar entender os motivos, e não começar a pedir a cabeça do treinador. Recurso tão repetitivo em nosso futebol por parte de torcedores, dirigentes e imprensa.


O motivo das vaias no Horto, e xingamentos ao treinador, não foi apenas o empate contra o Santos, onde o time praiano atuou muito bem. Pode-se somar às causas a derrota terrível para o maior rival. E os dois revezes tem suas ligações. Parte das causas, pecados, do time de Levir, está em sua principal sacada.

A grande característica do Galo no Brasileiro de 2015 é atuar com uma trinca de meio campista, onde Rafael Carioca é o primeiro volante com dois armadores à sua frente. Por três vezes essa dupla foi composta por Giovanni Augusto e Datolo, duas com Luan e o argentino e uma vez a dupla de Jesus, Datolo, foi Thiago Ribeiro. Porém essa formação, apesar de excelente iniciativa, ainda não deu liga. E o que significa isso? Principalmente, que o trio de meia campistas ainda não atua em conjunto. Muitas vezes os armadores atuam muito adiantados em relação à Rafael Carioca. E as consequências disso são que o time não controla o jogo e tem marcação deficiente. A solução não é ter mais um marcador, mas sim que os três tenham melhor sincronia. Manter o posicionamento, e avançar em sua execução. Importante lembrar que essa observação é feita para um time que já está bem, não se pode jogar fora o trabalho de Levir por duas resultados que não eram esperados.

Atlético é o único time do Campeonato Brasileiro que teve mais posse de bola que seus adversários em todas as partidas que fez até agora. Mas tem uma posse de bola estéril? Claro que não, teve mais finalizações que o oponente em 6 das 7 partidas, exceção foi o empate, 2 a 2, com o Palmeiras fora de casa, em que o time reserva esteve em campo e o modelo de jogo anteriormente citado não foi utilizado. Galo se desenhou no 4-2-3-1.

Outra observação importante, e que Levir deveria ter atenção especial, é o lado direito do alvinegro de Minas. Ofensivamente é o lado mais forte, 62% dos gols saem por ali, Patric, que nas 7 partidas foi o lateral pelo setor, tem um gol e 3 assistências na competição. Participou de 25% dos tentos da equipe, marca igual a Luan e superior a Datolo e Pratto. Porém, defensivamente é o lado mais frágil, 60% das vezes em que foi vazado foi pelo lado direito.

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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