Nas prévias para o Campeonato Brasileiro teve quem apontou o
Atlético de Levir Culpi como um dos favoritos ao título e jogando o melhor
futebol do Brasil. Um deles foi este blog, e que não se arrepende disso. Era
merecido. Porém há quem já comece, como um setor da massa atleticana, a
questionar esse status. Também com justiça. Mas penso que é preciso tentar
entender os motivos, e não começar a pedir a cabeça do treinador. Recurso tão
repetitivo em nosso futebol por parte de torcedores, dirigentes e imprensa.
O motivo das vaias no Horto, e xingamentos ao treinador, não
foi apenas o empate contra o Santos, onde o time praiano atuou muito bem. Pode-se
somar às causas a derrota terrível para o maior rival. E os dois revezes tem
suas ligações. Parte das causas, pecados, do time de Levir, está em sua
principal sacada.
A grande característica do Galo no Brasileiro de 2015 é
atuar com uma trinca de meio campista, onde Rafael Carioca é o primeiro volante
com dois armadores à sua frente. Por três vezes essa dupla foi composta por
Giovanni Augusto e Datolo, duas com Luan e o argentino e uma vez a dupla de
Jesus, Datolo, foi Thiago Ribeiro. Porém essa formação, apesar de excelente
iniciativa, ainda não deu liga. E o que significa isso? Principalmente, que o
trio de meia campistas ainda não atua em conjunto. Muitas vezes os armadores
atuam muito adiantados em relação à Rafael Carioca. E as consequências disso
são que o time não controla o jogo e tem marcação deficiente. A solução não é ter
mais um marcador, mas sim que os três tenham melhor sincronia. Manter o
posicionamento, e avançar em sua execução. Importante lembrar que essa
observação é feita para um time que já está bem, não se pode jogar fora o
trabalho de Levir por duas resultados que não eram esperados.
Atlético é o único time do Campeonato Brasileiro que teve
mais posse de bola que seus adversários em todas as partidas que fez até agora.
Mas tem uma posse de bola estéril? Claro que não, teve mais finalizações que o
oponente em 6 das 7 partidas, exceção foi o empate, 2 a 2, com o Palmeiras fora
de casa, em que o time reserva esteve em campo e o modelo de jogo anteriormente
citado não foi utilizado. Galo se desenhou no 4-2-3-1.
Outra observação importante, e que Levir deveria ter atenção
especial, é o lado direito do alvinegro de Minas. Ofensivamente é o lado mais
forte, 62% dos gols saem por ali, Patric, que nas 7 partidas foi o lateral pelo
setor, tem um gol e 3 assistências na competição. Participou de 25% dos tentos
da equipe, marca igual a Luan e superior a Datolo e Pratto. Porém,
defensivamente é o lado mais frágil, 60% das vezes em que foi vazado foi pelo
lado direito.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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