Começou a Copa América, apesar de uma certa raiva de pensar
que ao mesmo tempo está acontecendo o Brasileirão, e que isso é um absurdo, é
hora de curtir. Aproveitar que o torneio parece ter dado um salto de qualidade,
temos mais times bons do que em outros tempos.
Chile abriu os trabalhos, e já pude observar muito rancor
nas análises da partida. É fato que os donos da casa não empolgaram, venceram
por 2 a 0 com um gol em pênalti infantil dos equatorianos e um erro primário em
recuo de bola. Mas esquecem de dizer que a estreia já traz em si uma carga de
ansiedade grande por serem os anfitriões e, o mais importante, esse deve ser o
confronto mais difícil do grupo, já que México não vem com seu time principal.
Equador, dirigido por Gustavo Quinteros, é semelhante ao Emelec que o treinador
dirigiu nessa Libertadores, até deixar o posto para servir à seleção nacional.
Time encardido, postado com fortes duas linhas de quatro homens, Bolaños, de
tantos gols na Libertadores, e Enner Valencia, que joga na Premier League
inglesa, na frente. De seu antigo clube, Quintero, ainda contou em seu 11
inicial com Achlier, zagueiro, e Lastra, volante.
Levando em conta tudo isso, Sampaoli mostrou propostas muito
interessantes. Como quase sempre. Iniciou a partida em um 3-6-1. Três “zagueiros”,
entre eles Mena, lateral do Cruzeiro, e Medel, volante da Internazionale de
Milão. No meio de campo, o argentino posicionou um quadrado. Aranguiz e Marcelo
Diaz como volantes e Valdivia e Vidal nas meias. Essa formação dava muita
superioridade no meio de campo e era propícia para ter a posse de bola e chegar
a área rival através de tabelas, o “quadrado” contra Lastra e Noboa. Nos
primeiros cinco minutos parecia que isso aconteceria, com Alexis Sanchez, única
referência na frente, se movimentando muito e sendo servido, com ótimas enfiadas
de Valdivia. Mas essa pressão durou no máximo 5 minutos, mesmo. Outra proposta
interessante de Sampaoli eram a movimentação dos alas Isla e Beausejour. Faziam
os extremos, na defesa compondo uma linha de cinco atrás, e no ataque eram pontas,
subindo simultaneamente e dando profundidade bem avançados. Mas não deu liga.
Mesmo achando que a melhor opção era manter o esquema e
apenas aprofundar a ideia, Sampaoli mudou. Desmontou o 3-6-1 para organizar a
Roja no 3-4-3. Vargas, que por aqui jogou no Grêmio, entrou na vaga de
Beausejour. Assim, Alexis abriu na esquerda e Vargas na direita, Vidal e
Aranguiz os volantes, Diaz recuou para ser libero com Medel e Jara, Mena passou
para a ala esquerda. Valdivia agora era a “referência” na frente, mas a
movimentação era clara, o Mago recuava nas costas dos volantes equatorianos e
atraindo os zagueiros para fora da área, enquanto os pontas infiltravam na área.
Também não deu liga. Mas ficam as ideias e a possibilidade de crescer durante a
competição.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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