sexta-feira, 12 de junho de 2015

Chile abre os trabalhos, por quanto apenas com ideias...


Começou a Copa América, apesar de uma certa raiva de pensar que ao mesmo tempo está acontecendo o Brasileirão, e que isso é um absurdo, é hora de curtir. Aproveitar que o torneio parece ter dado um salto de qualidade, temos mais times bons do que em outros tempos.


Chile abriu os trabalhos, e já pude observar muito rancor nas análises da partida. É fato que os donos da casa não empolgaram, venceram por 2 a 0 com um gol em pênalti infantil dos equatorianos e um erro primário em recuo de bola. Mas esquecem de dizer que a estreia já traz em si uma carga de ansiedade grande por serem os anfitriões e, o mais importante, esse deve ser o confronto mais difícil do grupo, já que México não vem com seu time principal. Equador, dirigido por Gustavo Quinteros, é semelhante ao Emelec que o treinador dirigiu nessa Libertadores, até deixar o posto para servir à seleção nacional. Time encardido, postado com fortes duas linhas de quatro homens, Bolaños, de tantos gols na Libertadores, e Enner Valencia, que joga na Premier League inglesa, na frente. De seu antigo clube, Quintero, ainda contou em seu 11 inicial com Achlier, zagueiro, e Lastra, volante.

Levando em conta tudo isso, Sampaoli mostrou propostas muito interessantes. Como quase sempre. Iniciou a partida em um 3-6-1. Três “zagueiros”, entre eles Mena, lateral do Cruzeiro, e Medel, volante da Internazionale de Milão. No meio de campo, o argentino posicionou um quadrado. Aranguiz e Marcelo Diaz como volantes e Valdivia e Vidal nas meias. Essa formação dava muita superioridade no meio de campo e era propícia para ter a posse de bola e chegar a área rival através de tabelas, o “quadrado” contra Lastra e Noboa. Nos primeiros cinco minutos parecia que isso aconteceria, com Alexis Sanchez, única referência na frente, se movimentando muito e sendo servido, com ótimas enfiadas de Valdivia. Mas essa pressão durou no máximo 5 minutos, mesmo. Outra proposta interessante de Sampaoli eram a movimentação dos alas Isla e Beausejour. Faziam os extremos, na defesa compondo uma linha de cinco atrás, e no ataque eram pontas, subindo simultaneamente e dando profundidade bem avançados. Mas não deu liga.

Mesmo achando que a melhor opção era manter o esquema e apenas aprofundar a ideia, Sampaoli mudou. Desmontou o 3-6-1 para organizar a Roja no 3-4-3. Vargas, que por aqui jogou no Grêmio, entrou na vaga de Beausejour. Assim, Alexis abriu na esquerda e Vargas na direita, Vidal e Aranguiz os volantes, Diaz recuou para ser libero com Medel e Jara, Mena passou para a ala esquerda. Valdivia agora era a “referência” na frente, mas a movimentação era clara, o Mago recuava nas costas dos volantes equatorianos e atraindo os zagueiros para fora da área, enquanto os pontas infiltravam na área. Também não deu liga. Mas ficam as ideias e a possibilidade de crescer durante a competição.

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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