quinta-feira, 28 de maio de 2015

O desafio, que não é só de Marcelo...


Foi um vexame no Mineirão, concordo com a maioria dos comentários que vi durante e após a partida. Não a desclassificação em si, cair para o River Plate nas quartas da Libertadores não tem nada de vexatório. Porém o resultado foi, um 3 a 0, vindo de uma vitória em Nuñes, e o pior, o desempenho. Cruzeiro foi apático e pior, parecia não ter opções para vencer, um plano para isso. Mas não podemos esquecer que os milionários foram muito bem, principalmente o treinador Gallardo. Como tudo na vida, futebol tem mérito dos vencedores e falhas dos perdedores. Quero nesse prevê texto pensar apenas nas falhas.


Quando encaro um problema ou situação ruim, de imediato penso no próximo passo. Não gosto de ficar lambendo as feridas, lamentando. Mesmo entendendo que em muitas ocasiões esse processo seja bom, é quase o velório da situação. Chorar, esbravejar, maldizer, para se acostumar com a perda. Faz parte. Mas fechemos o caixão, vamos para frente.

Marcelo Oliveira tem um desafio grande pela frente, e que não foi imposto pela eliminação na Libertadores. Já estava colocado. Marcelo tem que reinventar seu time. A primeira parte, que foi montar em elenco sensacional, bicampeão nacional com todos os méritos, é bônus seu. Ninguém pode tirar isso dele. E muito menos dizer “com jogadores bons é fácil”, quem “fez” esses jogadores renderam muito mais do que vinham rendendo em suas carreiras foi Oliveira, o mesmo serve para garotos recém promovidos ao elenco profissional.

É um processo semelhante ao que passou Tite, quando no comando do Corinthians campeão mundial. Adenor fracassou, teria que ter feito toda a sua reciclagem no comando do alvinegro, sem necessidade de uma anosabático. Não precisaria sair para voltar, melhor. Mas então Tite e Marcelo são péssimos técnicos, podem dizer alguns. Obvio que não, seria uma injustiça completa.

Exigir que os treinadores, bons, como Marcelo e Tite, comecem um novo ciclo após grandes conquistas, é exigir uma qualidade que para eles é impossível. Como exigir folego aos treinadores num país que os demite após cada rodada do campeonato nacional? É quase exigir que uma criança ande, sem nem deixar ela engatinhar. Claro, nos dois casos tiveram tempo, mas é a exceção da exceção. Nesse primeiro semestre, Marcelo Oliveira não deu mostras que caminha para essa virada, concordo com os mais críticos. Mas é pouco tempo, nenhuma administração séria se faz durante o processo. Vamos discutir como ele deveria fazer essa virada e em dezembro conversamos, ok?

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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