terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Estreia do Palmeiras não assusta, mas tem seus perigos


Palmeiras estreia na Libertadores contra o River Plate do Uruguai. O homônimo uruguaio do famoso clube argentino vem da fase anterior da competição sul-americana, quando superou a “La U”. Talvez a grande zebra dessa fase do torneio, nem tanto pelo futebol apresentado, mas pelo nome de muito maior expressão dos chilenos. River fez 2 a 0, em casa, na partida de ida e segurou um 0 a 0 no Chile. Mas não se pode dizer que foi superior ao rival em nenhum momento dos 180 minutos da disputa. Sempre perigoso falar em facilidade na Libertadores, como quase sempre fazemos com nossa soberba dos que se acham os donos do futebol. Mas dá para se ter uma ideia da dificuldade que o alviverde encontrará.

O maior rival dos palestrinos talvez sejam suas próprias dificuldades, que persistem desde o ano passado, e não parecem ter sido superadas nesse início de ano. Na minha opinião, Marcelo Oliveira insiste no desenho tático do ano passado, sem que este produza bem desempenho. O ponto chave é o posicionamento de Robinho. No papel, o camisa 27 está aberto na direita do 4-2-3-1, com Dudu na armação central e Gabriel do lado oposto. Robinho ficando aberto participa menos do jogo, a transição ofensiva e criação na frente se dificultam. Nas últimas partidas tem abandonado sua posição inicial para circular pelo meio, movimentação que sendo muito constante desequilibro o posicionamento verde. Marcelo não dá indicativos de uma alteração de postura, mas com o elenco que tem nas mãos existem diversas possibilidades de formações.

Outro aspecto que os palmeirenses precisam ficar atentos é na formação de sua zaga, mais especificamente da lateral esquerda. É o ponto mais fraco defensivamente. Mas não imagino que o problema esteja relacionado aos nomes escalados, Zé Roberto e Egídio parecem apresentar dificuldades semelhantes. Os dois, muitas vezes abandonam a formação da linha de defesa para caçar seus rivais avançando demais, ou mesmo pelo meio de campo. Com um padrão desses fica muito fácil para os adversários armarem a arapuca. Os dois gols contra o Linense saíram nas costas de Egídio, e pior, marcados por Pottker, que atuava aberto na direita, que no encaixe defensivo seria responsabilidade do lateral.

Contra o River, esse problema pode não ser tão dramático, já que o técnico Carrasco esboça montar a equipe sem pontas abertos. A escalação prévia dos uruguaios é a mesmo que atuou na volta contra La U: Perez no gol. Gonzalez, lateral direita, Ronaldo Conceição e Flores na zaga, Ale lateral esquerdo. O meio tem o desenho de um losango, Rodriguez é o primeiro volante, Gonzalez e Angel Rodriguez os vértices laterais e Gorriaram o meio central. Michel Santos cai mais pela direita de ataque, e é um centroavante técnico e de muita movimentação, Schiapacasse, mais pela esquerda, é um segundo atacante de velocidade. Os destaques individuais ficam para a dupla de ataque e Gorriaram. Esse último na partida de ida foi segundo volante pela direita no 4-3-3, já na volta, como parece ser diante do Palmeiras, foi o armador central.

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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