Real Madrid 1-0 Bayern de Munique – Champions League:
Ancelotti gostou da formação campeã da Copa do Rey. Na
vitória que deu a taça ao Real Madrid contra o Barcelona teve essa formação,
mas com Gareth Bale. Agora frente ao Bayern foi a vez de Cristiano Ronaldo
estar ao lado de Benzema. O esquema tático aplicado pelo treinador italiano
consiste em ter dois meias abertos na linha de meio de campo, Isco e Di Maria,
e dois volantes por dentro, Xabi Alonso e Modric. Com isso, Cristiano se
descola da ponta esquerda, centraliza e passa a fazer dupla da com Benzema. É o
4-4-2 em linha, duas linhas iguais de quatro homens e dois na frente.
Bayern de Guardiola não costuma alterar seu desenho tático,
mas varia bastante suas peças. Para a partida em Madrid, Pep optou por ter Lahm
como primeiro volante, Kroos e Schweinsteiger a sua frente formam um triangulo
no meio de campo. Robben e Ribery abertos em suas pontas, dependendo da altura
em que se posicionam podem estar mais alinhados à Mandzukic formando o 4-3-3,
ou mais recuados formando um 4-1-4-1.
No encaixe entre as equipes a escolha de Pep pareceu
acertada. Já que, embaralhando as cartas, Xabi bateria com Schweinsteiger,
Modric com Kroos, e os laterais, Carvajal e Coentrão ficariam com Ribery e
Robben, respectivamente. Sobraria Lahm, vindo de trás e com liberdade para
armar o time, se não fosse acompanhado por Ronaldo ou Benzema. Apesar dos
primeiros 16 minutos superiores do bávaros, Lahm não era o desequilíbrio. A
superioridade inicial era fruto de muito movimentação das peças, e também pela
superioridade numérica comentada acima. As movimentação de Ribery e Robben
saindo da ponta para o meio, que Guardiola já utilizou em outras partidas,
tinha intuído de tirar os laterais, que os acompanhavam, de suas zonas de
conforto, para seus jogadores trabalharem nas costas dos volantes. E
principalmente pela esquerda, para a passagem de Alaba.
Mas apesar de os alemães estarem melhores, em contra golpe,
Cristiano Ronaldo aciona Coentrão pela esquerda, que cruza para Benzema abrir o
placar. Cada um tinha a sua arma, e
sabia como usa-la. A do Real era o contra golpe, e não funcionou apenas no gol
que abriu o placar. Espanhóis tiveram pelo menos mais duas chances de ampliar o
placar, com CR7 e Di Maria.
Guardiola percebeu que sua estratégia não estava dando
certo, e fez uma alteração que pode intrigar alguns. Pressionando e buscando
empatar, coloca em campo Javi Martinez, um volante defensivo. E por que? Para
sacar Rafinha e passar Lahm para a lateral direita, que daria poder ofensivo
proporcional ao que Alaba tem pelo outro lado, e capacidade de ter os laterais
trabalhando mais centralizados. Segue o mesmo principio da movimentação dos
pontas, deslocar os marcadores para zonas menos confortáveis. Arrastar Di Maria
e Isco. Apesar da melhora, não conseguiu vazar os madridistas.
Blancos negaram todos os espaços à um time que teria mais
posse de bola. Ancelotti acerta em cheio em ter duas linhas muito compactas. Atuações
fantásticas de alguns jogadores do Real também foram ingredientes dessa boa
vitória, que poderia ser ainda maior. Carvajal, Pepe e Modric foram muito bem
na defesa. A volta em Munique será mais um grande partida!
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
Facebook.com/CampoeBola
Twitter.com/CampoeBola
Nenhum comentário:
Postar um comentário