Grêmio vem da sétima vitória em 8 jogos, sequencia
interrompida apenas pela derrota na rodada anterior para a Chapecoense fora de
casa. É o quarto colocado no Campeonato Brasileiro, posição que não é superior,
apenas pela diferença de 1 gol no saldo em relação ao Corinthians. No momento
que os blocos começam a se definir melhor na competição nacional, o Imortal se
coloca na disputa pelas primeiras colocações na tabela. Situação que parece ser
um pouco inesperada pelo começo de temporada. A surpresa, além de muitos outros
fatores, passa pela condução de Roger.
O jovem treinador tem escalado um time muito leve no ataque.
Desde sua quarta partida no comando da equipe, escalou o ataque com Giuliano
pela direita, Douglas centralizado, Pedro Rocha pela esquerda e Luan na
referência de ataque. Esse último que vinha atuando como meia centralizado no
4-2-3-1, e acabou ocupando a posição de “9” com a saída de Yuri Mamute para a
entrada de Douglas na armação central. Por coincidência, ou não, o tricolor
emendou uma sequência de 5 vitórias. A dinâmica do quarteto, e consequentemente
de todo o time, normalmente tem Giuliano recuando para auxiliar Douglas na
armação das jogadas e Pedro Rocha dando profundidade no lado oposto e Luan
flutuando, e não como poste na área.
Mas na vitória contra o Vasco, por 2 a 0, chamou atenção a consciência
da equipe em cada momento da partida. Até abrir o placar, aos 14 do 2º tempo, o
time tocava insistentemente a bola, com passes curtos e invertendo de lado,
procurando os espaços. Nos primeiros minutos teve alguma dificuldade devido a
boa marcação do Vasco, que ao mesmo tempo que pressionava, atacando a bola, tinha
defesa agressiva que invadia o campo de defesa rival, em bloco. Conforme iam
passando os minutos, Grêmio controlou a partida, na base do passe. Criou poucas
oportunidades, até marcar. Faltava o passe final, decisivo. Faltava Douglas e
Giuliano. Mas o time trabalhava, e controlava a partida, tentando envolver os
defensores adversários.
Quando o gol saiu, contra, após cruzamento de Galhardo,
imediatamente o time passou a rebater as bolas na defesa, recuou as linhas de
marcação e acelerava as ações ofensivas. O que não tinha feito até então.
Expediente usado em muitos casos, que acaba sendo um erro, pois recoloca o
adversário na partida, mas devido a inoperância vascaína em atacar, me pareceu
um acerto de Roger. Mas o que mais impressionou foi a mudança rápida e precisa
de postura. O segundo gol nasce disso, roubada de bola, Giuliano acelera para
Pedro Rocha ampliar. E nova mudança de postura, igualmente imediata. O time
passa a trocar passe do meio para trás, controlando a partida e esperando o
apito final.
As principais características do Grêmio de Roger: leveza no
ataque, troca de passes que envolvem o rival, ao contrário de uma série de
times que apenas reagem às ações do oponente; consciência na proposta do jogo e
mudança rápida de postura.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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