Amistoso Internacional – França 1-3 Brasil:
Fiquei surpreendido com algumas avaliações que vi da seleção
brasileira, destacando que os comandados de Dunga não tinham ido bem no
primeiro tempo. Não vi assim. Até sofrer o gol de Varane, aos 20 minutos, em
escanteio batido por Valbuena, a seleção era melhor em campo. Está certo que
não era uma exibição avassaladora, longe disso. Mas o que se via era muita
posse de bola, troca de passes, e ameaça de se estabelecer com mais perigo nas
ações ofensivas.
Brasil não variou seu esquema tático como vinha fazendo,
teve quase sempre posicionado no 4-4-2. Neymar solto com Firmino, Willian e
Oscar armando pelos lados. Porém agradou muito não ter um esquema engessado, os
meias se movimentaram para buscar a bola, pela faixa central do gramado, dando
boa dinâmica ao meio de campo. Se pudesse apontar uma falha, ou ponto de
correção, foi a falta de profundidade pelas laterais. Tendo dois meias pelos
lados, Neymar e Firmino muito vezes recuando para armar e ajudar no pivô, as
pontas ficaram inóspitas. Espaço que poderia ser ocupado pelos laterais,
principalmente Danilo, mais ofensivo que Filipe Luis. É questão de articular,
trabalhar, treinar.
A postura dos comandados de Dunga foi o mais importante da
partida. Não se viu mais os chutões, ou ligações diretas para ser eufêmico, nem
aposta apenas no contra-ataque, costumeiro com Felipão. É verdade que a França
tem uma postura, desde a Copa do Mundo, de não reter tanto a pelota. Mas os de
amarelo também não renunciavam a ela.
Após sair perdendo não se viu desespero. Brasil continuou
trocando bolas e buscando o empate. Que veio, aos 39, com Oscar após tabela com
Firmino; e a virada nos pés de Neymar em contra golpe que Willian deu a
assistência. Neymar, quase sempre, necessita de um a parte. Durante bom tempo,
o garoto levava a seleção nacional nas costas, fazia quase tudo: armava, fazia
gols, retinha a bola. Ontem, parecia, que começou com esse pensamento. Recuava
demais para buscar o jogo. Com o tempo viu que não havia necessidade, podia
ficar um pouco mais avançado. A bola chegaria.
Com a virada, a seleção brasileira mudou de postura. E,
agora sim, abusava e bem dos contra-ataques. Levando perigo ao adversário. Vi
uma proposta de jogo baseada na posse e passe da bola por parte de Dunga. E
mais importante que isso, vi seus comandado com muita maturidade. Seriam os
meninos virando homens?
Felipe Xavier, gosta desse negócio chamado Futebol.
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