12ª rodada – Campeonato Paulista – Palmeiras 3-0 São Paulo
Palmeiras não se tornou menor por seguidos anos em que não
figura como protagonista do futebol nacional. Como maldosamente dizem os
rivais, que fazem seu papel ao provocar. Mas nessa partida, parecia que todo
esse tempo sem brilhar estava acumulado em seus jogadores. Que não fosse tanto,
que fosse apenas de não vencer os principais jogos contra Ponte, Corinthians e
Santos: Palmeiras era uma represa de vontade.
Represa de vontade não só da famosa raça, mas de jogar bem.
São Paulo apenas estava no caminho das aguas e não se ajudou. Obviamente que a
partida praticamente se define logo aos 7 minutos, quando Robinho já havia
aberto o placar em um golaço por cobertura que contou com falha na reposição de
bola de Rogério Ceni e Tolói foi expulso após revidar, sem bola em disputa,
provocação, ou cutucão, nada mais que isso, de Dudu. Situação que, talvez,
pudesse ser resolvida com um amarelo para o zagueiro, mas deu margem para ser excluído.
Não pode reclamar.
Toda essa vontade de jogar dos palmeirense se viu na
marcação muito agressiva no meio de campo e conta golpes rápidos, características
que cabiam perfeitamente na situação. O resultado
se desenrolou com naturalidade, Rafael Marques marcou mais dois e definiu o 3 a
0. Marques que pode garantir vaga na equipe titular de Oswaldo, se
considerarmos que Allione era o dono da posição. Argentino foi titular em 10
dos 13 jogos da temporada, e não vem tão bem. Marques fez apenas sua terceira
partida iniciando em campo, já marcou 4 gols.
Mas o grande símbolo desse elenco com certeza é Robinho, um
camisa 10 operário. Não é gênio, mas genial em sua intensidade, criatividade,
participação e utilidade durante os 90 minutos. Mas o operário teve dia de
artista marcando seu golaço, após matar no peito e meter de cobertura. O camisa
10 operário é artilheiro da equipe com 5 gols e líder em assistência com 4
passes para as redes. Participa de 40% dos tentos de sua equipe! Talvez, ainda,
não venda a quantidade de camisas de um grande ídolo. Mas traz vitorias.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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