terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Sport contrata quem tem fome


Sport, que até a subida de Vitória e Santa Cruz para a série A, era o único clube do nordeste na elite do futebol nacional, tem muito méritos. Não tenho números precisos, mas imagino que trabalhe com orçamento inferior a alguns clubes que desbancou  mem seu sexto lugar no Brasileirão. Como Santos, Cruzeiro, Palmeiras, Flamengo ou Fluminense.

No início da temporada passada, me ocorria que o grande trunfo do rubro-negro era a manutenção de Eduardo Baptista e a continuidade de seu ótimo trabalho. Moderno, com linhas bem compactas. Com certeza esse era um dos fatores. Mas nessa janela de transferências um outro aspecto me chamou a atenção. O Leão parece ter uma política de contratações especifica. Vai buscar no mercado jogadores com “fome”, e essa constatação não é pela vindo de Walter para Recife. Piadinha boba, apesar do centroavante se encaixar o conceito.

Mas observando os principais destaques do Sport na temporada passada vemos esse padrão. André, Diego Souza e Marlone. Tem esse perfil, estavam “com fome”. Por motivos variados. Diego Souza, de carreira bem mais destacada que os companheiros, estava no Metalist da Ucrânia e atuou em 2015 querendo mostrar para o Brasil que ainda pode atuar em alto nível. Tanto que foi contratado pelo Fluminense. Marlone, depois de um início de carreira estrondoso no Vasco, patinou, sem se firmar, em Cruzeiro e Fluminense. Foi para o Coritnhians. André ressurgiu depois de arrebentar de fazer gols no time de Robinho, Ganso e Neymar; após passagens bem ruins por Atlético e Vasco. Deve seguir o mesmo caminhos, indo para times em que ganhará mais.

Nesse início de ano a lógica de contratações dos dirigentes parece ser a mesma. Walter tem sempre que se provar para não falarem que está gordinho. Luiz Antônio é parecido, após surgir no Flamengo como ótimo segundo volante, o jovem se envolveu em várias polêmicas no time carioca e parecia atuar sempre dois palmos acima do chão. Deve estar ansioso para ter sequência em seu novo clube, e mantendo a cabeça no lugar pode desempenhar papel importante como bom, e não craque como as vezes parece se achar, jogador que é.

Como é dura a vida de alguns clubes com orçamentos médios do Brasil, reconstruir elencos todos os anos não é fácil.

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol
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